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| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a queda de trecho da ciclovia Tim Maia, em São Conrado, na zona sul do Rio, ocorrida por volta das 11 horas desta quinta-feira (21). Os responsáveis pelo acidente podem ser indiciados por homicídio culposo (sem intenção). Por enquanto, duas pessoas foram identificadas como vítimas do acidente - Eduardo Marinho de Albuquerque, de 54 anos, e Ronaldo Severino da Silva, de 60 anos -, mas os bombeiros ainda procuram por outros corpos. O caso é investigado pela 15.ª DP (Gávea). Uma perícia foi feita pela polícia no local do acidente.

A própria Prefeitura do Rio também encomendou uma perícia para identificar a causa do acidente e eventuais defeitos na obra. Essa avaliação independente será feita por técnicos do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) e do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH) e deve ficar pronta em 30 dias.

Ondas de 4 metros

As ondas chegavam a 4 metros de altura e batiam no costão da Avenida Niemeyer. Uma corrente de água, vinda de baixo para cima, levantou o leito da passarela e derrubou um trecho de 50 metros, por onde passavam ciclistas e pedestres.

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A dona de casa Karina Vianna, de 38 anos, contou que pedalava sua bicicleta quando parou por causa das ondas. Logo, viu uma onda mais forte arrancar a pista construída sobre pré-moldado, cerca de 20 metros à frente, onde estavam dois homens. “Parei para me segurar e, quando eu olhei, não tinha mais (o trecho)”, relatou, emocionada. “Tremeu, tremeu muito.”

A GeoRio (órgão da Secretaria Municipal de Obras responsável pela contenção de encostas) vai se reunir com o engenheiro que fez a obra e a empresa para cobrar causas e responsabilidades. O secretário executivo de Coordenação da prefeitura, Pedro Paulo Teixeira, chegou a culpar inicialmente a ressaca, mas, confrontado com o fato de que a área costuma apresentar o fenômeno, preferiu “evitar especulações”.

A obra foi realizada pelo consórcio Concremat-Concrejato, que prometeu “trabalhar incessantemente” para chegar às causas da tragédia. “A empresa segue todos os protocolos e normas de segurança, utilizando-se das mais modernas técnicas e equipamentos.” O consórcio ainda ressaltou que a prioridade agora é “garantir o atendimento às vítimas e seus familiares”.

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