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Seis candidatos aprovados no concurso para agente da Polícia Federal foram eliminados nesta quinta-feira (17) por suspeita de terem se beneficiado de um esquema de fraude investigado pela própria PF na Operação Tormenta.

O edital que determina a eliminação foi publicado nesta quinta e é assinado pelo diretor de gestão de pessoal da PF. Segundo o documento, os seis terão cinco dias para recorrer da decisão.

A ação da PF, deflagrada na quarta (16), prendeu 12 pessoas suspeitas de chefiarem o esquema de violação de provas de concursos e venda de gabaritos, que chegaram a ser negociados por até US$ 150 mil.

Os três concursos citados como suspeitos pela PF reúnem cerca de 130 mil inscritos: 63 mil tentaram vaga de agente da PF em 2009; 48 mil se inscreveram para auditor da Receita Federal em 1994; e mais de 18 mil participaram da segunda fase do 3º Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no ano passado.

As investigações da Operação Tormenta começaram após a PF obter informações durante a investigação social, uma das fases do concurso para agente de Polícia Federal, realizado em 2009. A partir disso, descobriu que a quadrilha atuava em todo o país, mediante o acesso aos cadernos de questões, antes da data de aplicação das provas.

Os seis candidatos, agora eliminados do concurso, estavam realizando curso de formação para o cargo de agente, cujo salário é de R$ 7.514,33. Segundo a PF, essas pessoas não foram presas, mas serão ouvidas na investigação e também podem responder pelas fraudes.

A anulação dos concursos públicos supostamente fraudados é vista como improvável por especialistas consultados pelo portal G1. Isso porque a suspeita de fraude ocorre em relação a apenas alguns candidatos e não aos processos de seleção como um todo.

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