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Onze pessoas foram indiciadas sob suspeita de homicídio culposo pelo acidente que matou a jovem Gabriella Yukari Nichimura, no parque de diversões Hopi Hari, em São Paulo. Os nomes e o resultado da investigação serão divulgados nesta terça-feira (17) pelo delegado Álvaro Santucci Noventa Júnior.

Nichimura, 14, morreu em 24 de fevereiro ao cair de uma altura de cerca de 25 metros do brinquedo La Tour Eiffel, um elevador que sobe a quase 70 metros e despenca em simulação de queda livre. Ela subiu em uma cadeira que deveria estar inoperante e não tinha o sistema de trava acionado.

O laudo da perícia entregue à Polícia Civil na última sexta-feira (13) confirmou que, no dia anterior ao acidente, técnicos de manutenção mexeram no dispositivo de segurança dessa cadeira, mas ao terminar o serviço não travaram novamente o dispositivo, o que permitiu que a adolescente levantasse a trava para sentar e não garantiu que ela continuasse fechada durante a descida.

Em depoimento ao Ministério Público do Trabalho, um dos técnicos disse que desconhecia "completamente" o funcionamento daquele dispositivo. O parque questionou essa informação, por meio do advogado Alberto Toron, mas firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público do Trabalho garantindo que irá melhorar o sistema de treinamento e capacitação dos funcionários, entre outras medidas.

O parque chegou a ficar fechado por quase 20 dias depois do acidente, mas já voltou a operar normalmente.

Durante esse período, uma força-tarefa coordenada pelo Ministério Público Estadual realizou vistorias de segurança nos 14 brinquedos considerados mais radicais e também firmou um TAC com o Hopi Hari, exigindo melhorias como tradução de manuais e avisos de segurança, além de uma checagem dupla nas travas de montanhas-russas.

A família de Gabriella, que está no Japão, mandou uma mensagem por meio do advogado: "O indiciamento destas pessoas não irá fazer com que esqueçamos o pesadelo que estamos vivenciando, mas a Justiça irá demonstrar que os responsáveis não ficarão impunes e suas consciências carregarão para a eternidade a responsabilidade pela morte de nossa filha".

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