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Cascavel – A operação "Cascavel Segura", lançada anteontem pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), pode aumentar ainda mais o problema de superlotação do minipresídio da 15.ª Subdivisão Policial (SDP), em Cascavel. A carceragem abriga 439 presos, mas a capacidade é para 140. De acordo com o delegado-chefe da 15.ª SDP, Amadeu Trevizan, os detidos durante a operação vão passar por uma triagem. "Quem tem mandado de prisão de fora da cidade vai ser enviado para a sua respectiva comarca", avisa o delegado.

Desta vez, a operação recebeu menos efetivo policial que as operações similares realizadas em Foz do Iguaçu, Londrina e Curitiba, em que trabalharam mais de 600 policiais militares e civis. Em Cascavel, o efetivo de combate à criminalidade foi de 150 homens de diversos batalhões da Polícia Militar do interior do estado.

O comandante do Policiamento do Interior, coronel Nemésio Xavier de França, que lançou a "Cascavel Segura", garantiu que o contingente de policiais é suficiente para realizar as operações de bloqueios e blitz surpresas nas regiões onde há elevados índices de criminalidade. Em 24 horas de ações, os policiais já prenderam onze pessoas, entre eles três adolescentes, e fizeram apreensões de duas armas de fogo. Os presos estão sendo levados ao minipresídio de Cascavel.

Situação

O delegado Amadeu reconheceu que a situação do presídio é crítica por causa da superlotação de presos, e por isso a solução adotada será encaminhar os presos às suas respectivas comarcas. O coordenador da operação e comandante do 6.º Batalhão da Polícia Militar (BPM), de Cascavel, Nelson João Casarolli, disse que o problema de superlotação não vai prejudicar as atividades de segurança.

Atualmente a 15.ª SDP estima a existência de aproximadamente 800 mandados de prisão para serem executados na Comarca de Cascavel. Até ontem, os policiais não iniciaram o cumprimento de alguns desses mandados. A realização da "Cascavel Segura" é uma reivindicação das autoridades de segurança do município para combater a onda de assaltos. Somente no primeiro semestre do ano o número de furtos e roubos a residências e comércio aumentou cerca de 85% em relação ao mesmo período do ano passado. A operação não tem prazo para terminar, mas deve durar pelo menos duas semanas.

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