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A Polícia Civil ouviu, na última segunda-feira (29), o motorista que atingiu uma viatura e matou o policial civil Elias Erasmo Stephan, de 56 anos. O acidente ocorreu no último dia 22, na Linha Verde, em Curitiba. No depoimento, o suspeito afirmou que não estava em alta velocidade no momento da colisão e negou a tese de que não prestou socorro à vítima.

De acordo com o delegado Anderson Cassio Ormeni Franco, que responde interinamente pela Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), Marcio José e Silva, 36, se apresentou espontaneamente na tarde de ontem e negou as informações iniciais de de que participava de um racha.

"Ele [o motorista] disse que trafegava a 70 Km/h e que tinha voltado mais tarde do trabalho em função do período de recesso que começaria no Natal. Próximo à entrada para a BR-277, teria feito uma ultrapassagem antes de colidir. Disse também que não se lembra de mais nada até ser socorrido pelo sócio que trafegava em outro veículo", conta Franco.

No depoimento, o suspeito ainda contou que o seu sócio, Adilson de Oliveira de Camargo, parou assim que percebeu o acidente e o socorreu porque populares prestavam socorro ao policial. "Mas essa versão ainda será investigada. E de, qualquer forma, eles não deveriam ter saído do local sem chamar o Siate", afirma o delegado do Dedetran.

Ainda segundo Silva, ele próprio recusou que o amigo o levasse ao Hospital do Cajuru. Mais tarde ainda teria recusado um chamado do Samu feito pela família.

A viatura do policial Stephan estava parada na Linha Verde porque quebrou. Segundo a polícia, apesar de não ter acostamento no trecho, o veículo estava estacionado na faixa da direita – são três em cada sentido. A vítima estava dentro do carro no momento da colisão, telefonando para um guincho.

Racha

Informações iniciais dão conta de que Márcio estava em alta velocidade e fazia ziguezague na Linha Verde. "Mas a ideia do racha ficou mais distante porque a própria testemunha disse que o veículo do Adilson chegou um tempo depois ao local do acidente", conta o delegado, que disse ainda ter relatos de que o suspeito exalava álcool no momento da colisão.

A Polícia Civil tem 30 dias para concluir o inquérito e ainda aguarda os laudos produzidos pela perícia. Para o delegado Franco, a qualificação como homicídio está certa. Resta saber se Márcio será indiciado em homicídio doloso, quando há a intenção de matar, ou culposo.

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