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Segurança

Polícia promete ficar na Vila Torres

Localidade ganha delegacia móvel depois de os moradores reclamarem da violência policial e da ausência do poder público

A Vila Torres foi ocupada, por volta das 8 horas de ontem, por cerca de 50 policiais civis e militares, em 20 viaturas | Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo
A Vila Torres foi ocupada, por volta das 8 horas de ontem, por cerca de 50 policiais civis e militares, em 20 viaturas (Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo)

Depois de cerca de dois meses sem presença efetiva da polícia, a Vila Torres, no bairro Prado Velho, em Curitiba, vai receber uma delegacia móvel. Ontem, cerca de 50 policiais civis e militares, em 20 viaturas, ocuparam a localidade. A operação começou por volta das 8 horas, quando o secretário de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, sobrevoou a área de helicóptero. Os policiais fizeram algumas abordagens nas ruas. Duas pessoas foram presas. Uma delas foi detida com drogas e a outra tinha um mandado de prisão decretado.

De acordo com o comandante da Polícia Militar, coronel Anselmo José de Oliveira, as políciais civil e militar "entraram na vila para não sair mais, por ordem do governador". Segundo ele, a operação terá um diferencial em relação a outras já realizadas na área. A Vila Torres vai receber o projeto de Segurança Social, que também está sendo testado na Vila Osternack, no Sítio Cercado.

O projeto prevê a realização de ações firmadas em parceria com a comunidade, empresas e outras entidades. "Vamos trabalhar com saúde, educação e qualificação profissional", promete o major Antônio Zanatta, chefe da Comunicação Social da PM.

Entre os moradores da Vila Torres a iniciativa foi bem vista. Nenhum deles, no entanto, quis se identificar, com medo de represálias. "É melhor do que vir aqui de vez em quando e agir com violência", disse um dos moradores.

Nas incursões que faz no local, a polícia é acusada de truculência. A morte de André Santos das Neves, 21 anos, no dia 9 deste mês, gerou protesto entre os moradores. A família diz que o rapaz foi executado pela polícia. O comando da PM afirma que ele teria trocado tiros com os policiais. O caso será investigado pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná.

Delegacia móvel

A delegacia móvel da Polícia Civil vai funcionar 24 horas para atender as ocorrências e dar orientações para a população. A unidade está instalada na Rua Guabirotuba, em frente do portão 3 da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, e será comandada pela delegada Selma Braga, do 2º Distrito Policial (Rebouças).

Segundo o delegado-chefe da Polícia Civil, Jorge Azôr Pinto, a delegacia terá ajuda de um módulo móvel da PM, que vai circular pela Vila Torres. "Iremos atender as ocorrências mais simples e, se preciso, encaminhar algum caso mais grave para outros distritos", disse.

Ontem também foram realizadas operações da Polícia Militar no São Braz e no Jardim Quisissana, em São José dos Pinhais. No São Braz, 14 pessoas foram presas e houve apreensão de drogas e munição. Em São José dos Pinhais, um homem foi preso, suspeito de tráfico de drogas.

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