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Por ordem do chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, o conteúdo da planilha com prestação de contas do evento batizado de "Celebração da Rua - Mais Amor, Menos Capital", realizado no último dia 23 de dezembro, no centro do Rio, será investigado.

A planilha foi elaborada pelos organizadores, alguns deles manifestantes que fizeram parte do Ocupa Câmara, para o evento que promoveu uma ceia de Natal para moradores de rua. As doações seriam para compras de alimentos, segundo a organização.

Na lista, divulgada em redes sociais, entre os doadores há os nomes do delegado da Polícia Civil, Orlando Zaccone, do juiz João Batista Damasceno e dos vereadores Jefferson Moura e Renato Cinco, ambos do PSOL.

Em nota, a assessoria da Polícia Civil afirmou que "o objetivo (da investigação) é confirmar se o dinheiro doado era usado para financiar atos criminosos em manifestações".

A investigação ficará a cargo da DRCI (Delegacia de Repressão a Crimes de Informática). A unidade especializada também vai receber cópias dos depoimentos realizados pelos suspeitos de acenderem o rojão que matou o cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade.

Em depoimento, um dos investigados pelo crime, Caio Silva de Souza, afirmou que já recebeu dinheiro para causar tumultos nos protestos.

A Cinpol (Coordenadoria de Informação e Inteligência Policiais) também dará apoio à investigação.

Zaccone e os vereadores confirmaram que fizeram as doações com o objetivo de ajudar na ceia. Já o juiz Damasceno não quis confirmar se fez ou não a doação para o evento e se limitou a dizer que "jamais contribuiu financeiramente para manifestações".

No Facebook, o delegado Zaccone postou um texto no qual volta a afirmar que a doação foi feita objetivando a compra de alimentos.

Sobre a abertura da investigação, disse: "Fico muito feliz em receber do Chefe de Policia Civil, Dr. Fernando Veloso, a noticia de que estas denúncias veiculadas pela mídia serão devidamente investigadas. Ao final, com certeza, estará tudo devidamente esclarecido e a liberdade voltará a ser a regra e não a exceção".

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