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Policiais também pararam em Maringá, Londrina e em Foz

Policiais civis das regiões de Maringá, Londrina e Foz do Iguaçu também paralisaram as atividades nesta terça (13). Em Foz do Iguaçu não há custódia de presos por parte dos policiais civis, mas em Maringá, investigadores e escrivães são responsáveis pela guarda externa da carceragem da 9.ª Subdivisão Policial, que tem 420 detentos. Em Londrina, policiais civis custodiam os presos de três distritos policiais que estão superlotados. Há 65 presos em cada distrito, mas a capacidade é para apenas 20 detentos.

O dia de paralisação em Foz do Iguaçu teve concentração de policiais em frente à sede da 6.ª Subdivisão Policial no período da manhã. Em Maringá, houve concentração na 9.ª Subdivisão Policial durante todo o dia. Já em Londrina, os policiais civis ficaram em seus postos de trabalho, porém, sem atender à população. Conforme o presidente do Sindipol em Londrina, Ademilson Alves Batista, 30% do efetivo ficaram de prontidão para atender apenas casos urgentes.

O atendimento deve ser normalizado nesta quarta (14) em todas as delegacias.

Greve

No fim da tarde desta quarta-feira, policiais civis de todo o Paraná devem participar de uma assembleia em Curitiba. "É nesta ocasião que vamos discutir as próximas ações, lembrando que a greve ainda não foi descartada", afirma Élter Garcia.

(Maria Gizele da Silva, da sucursal de Ponta Grossa)

A paralisação dos policiais civis do Paraná, realizada nesta terça-feira (13), teve 100% de adesão dos investigadores e escrivães de Ponta Grossa e de toda a região dos Campos Gerais. Dos 68 funcionários, apenas os delegados e os plantões trabalharam nesta terça. Os outros 60 policiais ficaram concentrados nas delegacias. A paralisação foi convocada pelo Sindicato das Classes Policiais do Paraná (Sinclapol) depois que um agente carcerário foi morto durante uma fuga numa delegacia de Colombo, na região metropolitana de Curitiba. Com a paralisação, os serviços de investigação e identificação foram suspensos. Apenas casos de urgência e emergência foram atendidos. Segundo o diretor do sindicato para o interior do Paraná, Elter Taets Garcia, a paralisação dos policiais civis foi motivada pela custódia de presos em delegacias e pelo baixo número de policiais, além do desvio de função. Garcia explica que na região dos Campos Gerais existem casos graves de superlotação. "Em Castro, por exemplo, nós temos capacidade para 42 presos e, atualmente, existem 120 internos. Já em Imbituva a delegacia tem vaga para 8 detentos e hoje está com 43." Em Imbituva, segundo informações de Garcia, recentemente houve casos de sarna e tuberculose. "São doenças contagiosas que oferecem risco tanto aos presos quanto aos familiares e policiais." De acordo com o sindicalista, para que Ponta Grossa e os Campos Gerais tivessem um quadro adequado seria necessária a contratação de pelo menos 43 policiais – entre investigadores, escrivães e delegados. Para o presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), em Ponta Grossa, Henrique Henneberg, o que motivou a paralisação de 24 horas dos policiais civis terça (13) – a morte do policial em Colombo – poderia ter ocorrido em qualquer lugar do estado. Ele citou a situação do presídio Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa, que tem cerca de 600 presos num espaço projetado para 200 detentos. "É um risco para qualquer agente ou policial." Portas fechadas

"Fui fazer a identidade do meu filho e dei com a cara na porta", reclama a secretária Daniele Budzniak. Ela procurou o Instituto de Identificação em Ponta Grossa logo nas primeiras horas da manhã e alega que não sabia que os serviços estariam paralisados.

"Acho que eles tem todo o direito de reivindicar mais segurança. Como vão nos oferecer segurança se nem mesmo eles têm isso, mas seria bom avisar a população", pondera.

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