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Após fugas e morte de agente, 70 presos são transferidos de Colombo

A retirada dos presos ocorreu depois que dois detentos fugiram da delegacia e causaram a morte de um agente de cadeia no domingo.

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Policiais civis e agentes penitenciários fazem paralisações durante a semana em protesto à fuga de dois presos em Colombo, neste domingo (11), que terminou com a morte de um agente de cadeia. Os policiais param já nesta terça-feira (13), da 0h até a meia-noite.

Já os agentes penitenciários pretendem fazer uma paralisação na quarta-feira (14), data que ainda precisa de confirmação da entidade. Essa categoria protesta por causa da falta de segurança no sistema carcerário do Paraná.

Em ambos os casos, visitas a presos e entregas de sacolas devem ser totalmente suspensas. Os policiais civis falam em paralisar até mesmo as conversas entre presos e advogados.

Daniel Luiz Santiago Cortês, vice-presidente do Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol), explica que a paralisação ocorre nesta terça (13) como desdobramento de uma assembleia anterior da categoria. Em setembro de 2013, o superintendente da Delegacia de Campo Largo, Marcos Antônio Gogola, foi morto durante uma escolta a preso. A partir de então, os policiais deliberaram que se houvesse mais uma ação de violência contra policiais como aquela, haveria paralisação seguida de greve.

A suspensão das atividades vai ocorrer, mas a greve por tempo indeterminado ainda depende de uma assembleia que será realizada na quarta-feira. Os membros da classe devem se reunir às 18h30, na sede do Sinclapol da Vila Izabel. "Se não for apontada uma solução, a greve será aprovada por período indeterminado", diz Cortês.

A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) informou que vai respeitar a paralisação dos policiais. O órgão relatou que a causa dos policiais é a mesma da Sesp, que quer tirar os presos das delegacias e transferir para presídios do estado.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que a instituição não comentará antecipadamente sobre um movimento que ainda não aconteceu.

Agentes penitenciários

Os agentes penitenciários do Paraná temem que a transferência em massa de presos de delegacias para presídios seja feita. Por isso, na quarta-feira (12), o grupo deve fazer uma paralisação de 24 horas para alertar o estado de que são contra qualquer iniciativa do tipo. "Se isso acontecer, será uma atitude irresponsável. É preciso construir novos presídios, a questão não se resolve na base da canetada", diz o vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Anthony Johnson.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) disse que aguarda o recebimento de comunicado oficial da paralisação por parte do sindicato para se manifestar sobre o assunto.

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