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Protesto

Policiais civis param em Londrina e região

Categoria reivindica melhores condições de trabalho e normatização do plano de cargos, carreira e salários

Em Curitiba, policiais civis fazeram manifestação em apoio ao movimento dos colegas de Londrina | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Em Curitiba, policiais civis fazeram manifestação em apoio ao movimento dos colegas de Londrina (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

Londrina - Os policiais civis de Londrina e região cruzaram os braços, do início da manhã ao fim da tarde de ontem, em reivindicação por melhores condições de trabalho e pela normatização do plano de cargos, carreira e salários da categoria. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (Sindipol), Ademílson Antônio Alves Batista, 100% dos policiais do município e da região aderiram ao movimento. Na cidade, os policiais estão concentrados na frente da 10ª Subdivisão da Polícia Civil (SDP). Em Curitiba, o movimento faz uma fiscalização em cadeias na cidade (veja ao lado).

Com a paralisação, os únicos serviços que funcionaram nas delegacias foram a guarda de presos e os chamados de emergência. Para Batista, o objetivo da manifestação não era prejudicar a população, mas conscientizar a sociedade pelos problemas enfrentados pelos policiais. O atendimento foi normalizado às 18 horas.

De acordo com o presidente do Sindipol, os policiais querem que o governo do estado apenas cumpra o que está no projeto de lei que moderniza a polícia e encaminhe com urgência o plano de cargos para a aprovação da Assembleia Legislativa. "Também reivindicamos um programa de treinamento e de cursos especializados para atualização constante dos policiais civis, além da contratação de pelo menos mil policiais por ano para acabar com o déficit que se arrasta há anos", comentou.

Segundo Batista, o número de policiais no Paraná deveria passar dos atuais 3,2 mil para aproximadamente 10 mil. Para Londrina, o presidente do Sindipol defende que o número seja triplicado, chegando aos 400 policiais. "Desta forma, não vamos sobrecarregar os policiais, os delegados não precisariam atender mais de uma delegacia e as investigações transcorreriam de forma mais rápida. Em Londrina, por exemplo, se aumentar o número de policiais é possível a criação de delegacias especializadas, como a de homicídios", explicou.

O delegado-chefe da 10ª SDP, Sérgio Barroso, informou que não foi registrado prejuízo no atendimento à população nas delegacias. A assessoria de imprensa da secretaria estadual de Segurança Pública disse que o órgão não comentaria o protesto.

O Sindipol programou nova paralisação para o dia 22 de abril. Segundo Batista, se não houver posicionamento do governo do estado as manifestações vão se intensificar nos próximos meses.

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