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Entre 2011 e 2013, o Paraná registrou seis confrontos por semana. Foram 935 circunstâncias em que um ou mais policiais militares teriam precisado atirar para conter os suspeitos.

Mortes em confrontos com a Polícia Militar crescem 24% no Paraná em 2014

Dados aos quais a Gazeta do Povo teve acesso revelam ainda que a média mensal de óbitos aumentou durante o mandato de Francischini na Sesp

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A reportagem teve acesso exclusivo a outro relatório, desta vez da 2.ª Seção do Estado Maior da Polícia Militar do Paraná.

O documento aponta que 11 policiais militares morreram no mesmo período em confronto durante o serviço. Além disso, mostra que 50 ficaram feridos. O número de pessoas civis consideradas suspeitas que ficaram feridas nestes confrontos é de 383 nos três anos.

Para os especialistas ouvidos pela reportagem, o desafio de conter a alta letalidade policial passa pela mudança na cultura brasileira. “A massa clama por vingança e não por justiça. Bandido bom é bandido que é investigado, denunciado e preso, se condenado. A mudança passa pelo reconhecimento e confiança no sistema de segurança pública”, disse o diretor do Instituto Sou da Paz, Ivan Marques.

Para ele, esse processo passa pela transição das polícias para o ciclo completo – em que o policial que está na rua, no caso brasileiro a PM, é quem registra e investiga os crimes de menor potencial ofensivo, como o furto.

O coordenador do Centro de Estudos da Violência e Direitos Humanos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Pedro Bodê, defende também a desmilitarização da polícia e acredita que ela é parte do problema, pois incentiva o corporativismo e defende um processo punitivo apenas para a base policial.

“É preciso cobrar o Ministério Público para que excessos sejam apurados e combater o corporativismo para mudar a cultura”, ressalta.

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