Três policiais militares da Bahia foram presos sob a suspeita de integrar um esquadrão da morte responsável por duas chacinas no mesmo dia, em Salvador, aproveitando-se da greve da corporação em fevereiro do ano passado.
Os soldados Donato Lima, Samuel Menezes e Jair dos Santos estão detidos em caráter preventivo desde 4 de janeiro, mas a PM só anunciou a prisão hoje. Um outro policial, Willen Carvalho, está foragido.
A paralisação durou 12 dias, desgastou o governador Jaques Wagner (PT) e teve um saldo de 176 homicídios na região metropolitana da capital - mais que o dobro do período no mês anterior.
O grupo é suspeito de ter matado, ao todo, sete pessoas no dia 3 de fevereiro enquanto a cidade estava com segurança reduzida: quatro moradores de rua no bairro da Boca do Rio e três frequentadores de uma bar na Engomadeira, comunidade pobre de Salvador.
Nenhum deles tinha passagem pela polícia. Os alvos eram usuários de drogas, moradores de rua e desafetos dos grupos armados.
Segundo testemunhas ouvidas pela PM, a forma de atuação do grupo era sempre muito parecida: os integrantes chegavam sem chamar atenção e se identificavam como policiais.
Em seguida, obrigavam a vítima a deitar no chão ou ficar com o rosto voltado para um muro e atiravam na cabeça. Alguns escondiam os rostos.
As investigações foram feitas pela Polícia Civil em parceria com a Corregedoria da PM.A reportagem não conseguiu localizar os advogados dos suspeitos hoje.
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