Dicas
A adoção de algumas medidas simples pode ajudar a amenizar os sintomas das doenças respiratórias geralmente agravados com a poluição e a baixa umidade do ar. Confira:
Ingerir bastante líquido para hidratar as vias aéreas e eliminar a secreção. Manter os ambientes bem ventilados. Umidificar os ambientes com vaporizadores, toalhas molhadas ou bacias com água. Manter a higiene dos ambientes, evitando o acúmulo de poeira. Usar soro fisiológico morno para lavar as narinas, em caso de irritação. Evitar contato com a fumaça de cigarro. Fazer inalações.
O nível de poluição em Curitiba é duas vezes maior do que o tolerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A constatação é de um estudo que ainda está em andamento no Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da USP. Assim como Curitiba, outras cinco cidades que estão tendo a qualidade do ar monitorada apresentaram níveis de poluição acima dos valores de referência.
A OMS recomenda que a concentração de material particulado fino (pequenas partículas poluentes capazes de serem inaladas) não ultrapasse o limite de 10 microgramas por metro cúbico. Na capital paranaense, o índice captado foi de 21,43. São Paulo, que continua sendo a capital brasileira mais poluída, teve 30,90 microgramas por metro cúbico. Das outras capitais pesquisadas, Porto Alegre mostrou um índice de 22,25, Belo Horizonte 21,68, Rio de Janeiro 21,23 e Recife 12,95, com o melhor resultado entre as seis.
De acordo com a supervisora do monitoramento em Curitiba, Orliney Guimarães, os resultados ainda são parciais. "A medição começou em maio e será feita durante um ano. O objetivo é, além de medir a qualidade do ar, identificar a fonte da poluição para que depois possam ser definidas políticas públicas visando à redução desses índices", explica.
Saúde
Os altos níveis de poluição atmosférica têm implicação direta na saúde da população. De acordo com o pneumologista do Hospital Vita e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Paulo Miranda Sandoval, a alta concentração de poluentes piora os sintomas de doenças respiratórias como rinite, asma, bronquite e conjuntivite. Segundo o médico, até mesmo pessoas que não sofrem dessas doenças acabam sentindo os efeitos da poluição. "As vias aéreas ficam irritadas, a pessoa tosse, espirra", exemplifica. Além disso, o pneumologista alerta para a relação entre os níveis de poluição elevados e o aumento das taxas de mortalidade por complicações de doenças respiratórias e cardiovasculares.
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