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Edifício em construção foi ao chão às 8h35 de ontem, quando 35 pessoas trabalhavam no local | Marcelo Camargo/ ABr
Edifício em construção foi ao chão às 8h35 de ontem, quando 35 pessoas trabalhavam no local| Foto: Marcelo Camargo/ ABr

Irregular

A obra que desabou não tinha alvará necessário para a construção, segundo a prefeitura. De março para cá, o empreendimento foi multado duas vezes. Uma em R$ 1.059 e outra em R$ 103,5 mil.

"Só pedia a Deus para sobreviver", disse o eletricista Silvio Rogério Rodrigues, 28 anos. Ele ficou por quatro horas e meia sob os escombros do prédio que desabou às 8h35 de ontem em São Mateus, na zona leste de São Paulo. Rodrigues é uma das 24 pessoas resgatadas com vida de dentro do edifício que, segundo os bombeiros, "colapsou". Até o fechamento desta edição, sete pessoas haviam morrido em consequência da tragédia e dez vítimas ainda estavam sob os escombros.

Segundo o major dos Bombeiros Anderson Lima de Oliveira, comandante da operação, uma das vítimas resgatadas manteve contato com os socorristas pelo celular, o que facilitou a sua localização. Trata-se de um homem de 24 anos, que estava sob duas lajes.

Cerca de 35 pessoas estavam no prédio no momento do acidente, segundo os bombeiros. No local estava em construção uma das filiais da loja de roupas Magazine Torra Torra. Antes, o endereço abrigava um posto de gasolina.

Casas em volta também foram atingidas – quatro precisaram ser totalmente interditadas pela Defesa Civil. "É preciso ter pressa com técnica", disse Hideo Augusto, coordenador operacional do 38.º batalhão da Polícia aMilitar, sobre o resgate das vítimas, que prosseguia durante a noite de ontem.

Foram usados 23 carros, 70 bombeiros e 60 policiais militares, além helicópteros e cães farejadores. Um posto médico avançado foi montado no local para atender às vítimas.

Responsabilidade

O Magazine Torra Torra nega ter responsabilidade sobre a obra e afirma que só assumiria o imóvel após as reformas estruturais que seriam realizadas pelo proprietário.

Segundo a empresa, havia um contrato de locação e uma firma de engenharia contratada pelo magazine fazia uma avaliação sobre as condições de uso do prédio. "Caso esse laudo técnico fosse positivo, atestando a segurança estrutural, a rede então faria o acabamento para abrigar mais uma unidade", afirmou a Torra Torra por meio de nota.

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