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O Edifício Capital, vizinho aos três prédios que desabaram na Avenida Treze de Maio, no centro do Rio de Janeiro, há mais de um mês, foi parcialmente liberado na quinta-feira (23), segundo a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil.

As salas e escritórios só podem funcionar, por enquanto, entre as 7 e as 17 horas, e, algumas salas de quatro andares do prédio ainda estão interditadas em função de avarias que estão sendo reparadas por uma empresa contratada pelo condomínio. O prédio, que era geminado ao Edifício Liberdade, o primeiro a desabar, está em obras que estão sendo monitoradas pela Defesa Civil Municipal e devem ser concluídas em 15 dias. Segundo a assessoria do órgão, ao final de prazo, será feita uma nova vistoria para avaliar a possibilidade de liberação total das atividades no edifício.

A Associação das Vítimas da Avenida Treze de Maio, que representa os proprietários de salas, consultórios e escritórios que funcionavam nos três prédios que desabaram, protocolou um pedido formal de audiência com o prefeito Eduardo Paes. Segundo a advogada Simone Argolo, uma das representantes do grupo, os proprietários das quase 70 empresas que funcionavam nos edifícios estão vivendo uma situação "desesperadora" e querem oficializar o pedido de ajuda a prefeitura para se reestruturarem.

"A maioria não conseguiu sala para alugar. Outros não têm condições de alugar salas. Os proprietários de salas não conseguem fechar as empresas, não conseguem demitir funcionários, por causa da burocracia. Não conseguimos recuperar nada de documentos", lamentou.

Simone Argolo disse que a Companhia de Limpeza Urbana da cidade (Comlurb) havia prometido que, uma semana depois do acidente, uma empresa seria contratada para fazer a triagem dos bens que estavam nas salas dos três edifícios. Mas, segundo ela, até hoje, nenhum trabalho foi iniciado. "Tivemos uma informação, não oficial ainda, de que a triagem começa na semana que vem. Mas ninguém nos confirmou nada", disse a advogada.

Em nota, a Secretaria Municipal de Conservação, responsável pela Comlurb, disse que os escombros dos prédios estão em um local reservado e separado. "A área está coberta e só será liberada mediante a contratação de uma empresa terceirizada para identificar e catalogar todos os bens que forem encontrados". O órgão não define a data de contratação e início das atividades, informando que "esse processo está em andamento".

No encontro com o prefeito, os representantes da Associação de Vítimas vão pedir a cessão temporária de salas que estão vazias no centro da cidade. De acordo com Simone Argolo, alguns prédios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) podem servir de sede provisória até que essas empresas se recuperem e se reestruturem. "Queremos avaliar se [a prefeitura] pode emprestar algum dinheiro para ajudar essas pessoas, como foi feito quando barracões de escolas de samba que pegaram fogo [em fevereiro de 2011]".

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