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Novo Comandante do Policiamento da Capital

Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, o secretário da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, anunciou o novo Comandante do Policiamento da Capital (CPC). O coronel Jorge Costa Filho assumiu o cargo, após o afastamento do coronel Carlos Alexandre Scheremeta.

Costa Filho irá definir quem será o novo comandante do 13.º Batalhão da Polícia Militar, isso deve acontecer até segunda-feira (27). Delazari voltou a afirmar que a polícia usou força desnecessária na desocupação do Fazendinha. Segundo o secretário, a Secretaria da Segurança Pública (Sesp) havia orientado a polícia para que fizesse a desocupação com calma, sem a utilização da balas de borracha e bombas.

O policial que fez o disparo de bala de borracha contra o cinegrafista ainda não foi identificado. Segundo Delazari, o soldado deve ser expulso da corporação

Famílias desabrigadas passaram na Cohab e na frente da Prefeitura de Curitiba nessa sexta-feira

Uma comitiva formada por 10 pessoas ligadas à invasão do terreno Fazendinha, que foi desocupado na manhã de quinta-feira (23), se reuniu na tarde desta sexta-feira (24), com o secretário municipal de Governo da Prefeitura de Curitiba, Rui Hara. Os manifestantes pediram que a prefeitura encontrasse um local para realocar as famílias desabrigadas. Hara afirmou que não tem como a prefeitura atender a reivindicação dos manifestantes.

"Entendemos a situação de emergência das famílias, estamos fazendo atendimento por meio da Fundação de Ação Social e da Secretaria Municipal de Saúde", disse Hara, ao site da prefeitura. "Quanto à moradia, vamos buscar soluções responsáveis, legais e justas, porque não podemos ferir os direitos das pessoas já cadastradas", definiu.

De acordo com a coordenadora da União Nacional pela Moradia Popular, Maria das Graças Silva de Souza, que tem auxiliado os sem-teto, a reunião foi improdutiva. "Não houve nenhum avanço, a prefeitura disse que não vai atender a nossa recomendação, que as famílias têm que se inscrever na Cohab e esperar. Essa foi a resposta da prefeitura", disse Maria das Graças.

Cohab

Pela manhã os manifestantes já haviam ido à sede da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) e tiveram a mesma resposta. Eles se reuniram com o diretor-presidente, Mounir Chaowiche, para pedir uma solução para as famílias que ficaram desabrigadas. O diretor explicou aos sem-teto que a Cohab não possui recurso para fazer o atendimento de emergência das famílias.

A orientação foi de que todos devem fazer a inscrição no órgão e esperar na fila até que haja lotes disponíveis para os sem-teto. Atualmente, aproximadamente de 56 mil famílias aguardam na fila para receberem um lote.

Depois de passar pela Cohab, o grupo de aproximadamente 80 pessoas se dirigiu para a sede da prefeitura, no Centro Cívico. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, cerca de 20 pessoas ficaram acampadas em frente ao prédio. Os manifestantes chegaram por volta das 12 horas e não houve confusão. A reunião com Rui Hara começou às 15 horas. Sem sucesso na negociação, algumas famílias desabrigadas voltaram para frente do terreno desocupado no bairro Fazendinha. O grupo ainda não sabe o que fará ou para onde vai. "Vamos fazer uma reunião amanhã (25) para decidirmos o que fazer", definiu Maria das Graças.

Desocupação e afastamento

Na manhã de quinta-feira houve confusão no início da reintegração de posse no terreno do bairro Fazendinha. Quatro pessoas ficaram feridas, entre elas uma criança de 8 anos, e três foram presas. Duas por porte ilegal de armas e uma por desacato. Um cinegrafista que acompanhava a operação policial foi atingido por um disparo de tiro de borracha no rosto.

O secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, achou que a polícia usou força desnecessária na desocupação do terreno. Depois da ação, Delazari, afastou os comandantes da operação, o comandante do Policiamento da Capital, coronel Carlos Alexandre Scheremeta e do comandante do 13.º Batalhão da Polícia Militar (PM), major Flavio Correia.

Terreno cercado

Algumas famílias ainda retiravam os pertences do terreno da Varuna Empreendimentos Imobiliários por volta das 15 horas, desta sexta-feira. De acordo com a assessoria de imprensa da Varuna, a situação era bastante tranqüila no local. A expectativa é que até segunda-feira (27) a reintegração esteja concluída. A empresa colocou cercas para isolar a área e 20 policiais, entre soldados do BPTran (Batalhão de Trânsito) e do 13º Batalhão da PM ainda vigiam o local, para evitar novas invasões.

Segundo o advogado da Varuna Paulo Vinicius de Barros Martins Júnior, a empresa não se sente ameaçada sobre futuras invasões. "Temos a ordem de reintegração de posse, se invadirem a polícia tem que retirar. Funcionários da empresa estão no local limpando o terreno e colocando as cercas. Também há policiamento fazendo a segurança", definiu o advogado.

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