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Um dia após comerciantes e moradores do entorno da Praça da Espanha, além da Prefeitura Municipal de Curitiba, se mostrarem preocupados e dispostos a colaborar com a estrutura do chamado "réveillon fora de época", programado para acontecer no próximo sábado (3) a partir das 22 horas, os resultados começam a aparecer.

Depois do encontro entre as lideranças do Batel Soho e representantes da prefeitura no fim da tarde de terça-feira (28), ficou acordado que a Secretaria de Trânsito irá coordenar ações no dia com bloqueio ou mudança de sentido em ruas próximas à praça, além da colocação de banheiros químicos.

Agentes da Guarda Municipal serão disponibilizados para atuar na segurança local. O número ainda não está definido, porque é preciso calcular a quantidade aproximada de participantes para disponibilizar o destacamento necessário. A Guarda Municipal também será destacada para auxiliar no evento.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) também enviou ofício à Secretaria municipal de Meio Ambiente solicitando que o Executivo agisse para "impedir que este evento se realize sem o mínimo de condições e estrutura". A preocupação do órgão é que se repitam os problemas ocorridos na edição de 2011 da festa, quando houve muita reclamação por barulho e o lixo ficou espalhado pelo local.

O ofício, expedido pelo promotor Sérgio Luiz Cordoni, ainda lista três organizadores do evento, que foram citados na denúncia feita à promotoria. A prefeitura de Curitiba não conseguiu localizar essas pessoas e, como o evento está sendo programado em rede social, não foi possível fazer com que eles assumissem a responsabilidade pela estrutura e condições legalmente exigidas.

A prefeitura ressalta que a Praça da Espanha não comporta um evento deste porte e que, além das medidas já tomadas, solicitou o apoio do governo estadual, que já sinalizou que a Polícia Militar estará presente no evento. A participação da corporação deve ser definida após a reunião com o secretário de segurança do estado, na sexta-feira (2), às 16 horas.

Outro lado

De qualquer forma, para colaborar com a segurança, Fábio Aguayo, presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar), diz que a instrução a ser passada a todos os comerciantes é de que virem as câmeras de segurança de seus estabelecimentos para o lado da rua. "Como já dissemos, queremos que o evento aconteça sim, porque é ótimo para nós. Quem sabe com mais organização o encontro entre oficialmente para o calendário de eventos da cidade", diz Aguayo.

O grupo que organiza o evento passou a emitir durante toda a tarde desta quarta-feira (29) por meio da página no Facebook, notas para que a segurança seja mantida. Um exemplo é um banner que pede aos participantes para não levarem garrafas de vidro e fogos de artifício. Além disso, na busca de fazer com que a festa aconteça de forma organizada e pacífica, pessoas têm publicado ideias de boas ações: alguns passam instruções de como se comportar de forma adequada, outros incitam os participantes a levar suas próprias sacolas plásticas e há até a ideia de fazer um ponto de arrecadação para ajudar alguma instituição de caridade. O número de adeptos aumenta a cada hora. Já são mais de 48 mil convidados e quase 12 mil confirmações.

Apoio dos moradores

A corretora de imóveis Alexandra Takeda de 33 anos, mora há oito anos no bairro e apoia o evento. O apartamento dela fica no primeiro andar de um prédio em frente à praça e disse que não teve problema algum no ano passado, em vista do número grande de participantes. "Fui com meu filho de 12 anos e achei o máximo a ideia. Por ser um flash mob [evento ou ação instantânea organizado pela internet], é claro que não havia estrutura, mas acredito que a mobilização desse ano deixará a festa mais bonita", conta. A sujeira do dia seguinte foi realmente incômoda, segundo ela, mas apesar das proporções, ela diz que não viu brigas e lembra que já teve problemas muito maiores em eventos da região em que havia organização prévia.

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