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Investigação sobre incêndio na boate Kiss terminou sexta-feira | Edison Vara/Reuters
Investigação sobre incêndio na boate Kiss terminou sexta-feira| Foto: Edison Vara/Reuters

Uma denúncia anônima sobre "sonegação" de provas, três semanas após o incêndio da boate Kiss, levou a Polícia Civil e o Ministério Público a encontrarem nos arquivos da prefeitura de Santa Maria (RS) uma caixa até então desconhecida com uma série de documentos da casa noturna.

A caixa continha um ofício que é considerado pelos delegados como o "mais importante" entre os papéis obtidos do município. O arquivo trazia a informação de que, em 2009, um arquiteto da prefeitura apontou quase 30 falhas de estrutura que deveriam ser corrigidas na boate. Ainda assim, diz a polícia, a administração municipal concedeu licenças para o estabelecimento.

A informação está no relatório do inquérito policial sobre a tragédia, que matou 241 pessoas em janeiro. A investigação foi concluída na sexta-feira e agora está sob análise da Promotoria.

Procurada pela reportagem, a prefeitura negou que tenha ocorrido "sonegação" de documentos municipais. Disse que os papéis citados pela polícia estavam em um departamento diferente dos demais.

O inquérito também afirma que o prefeito Cezar Schirmer (PMDB) foi omisso e tinha conhecimento dos problemas de licenciamento da boate. Ele está entre as 28 pessoas listadas pela polícia com algum tipo de responsabilidade pela tragédia. Dessas, 16 já foram indiciadas.

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