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Prefeituras que descumprirem prazos perderão verba para UPA

Preocupado com atraso em obras, Ministério da Saúde ameaça suspender repasses para construção de novas unidades de atendimento de urgência

Portaria prevê que Unidades de Pronto-Atendimento tenham de entrar em funcionamento em até três meses após o término das obras | Josué Teixeira/ Gazeta do Povo
Portaria prevê que Unidades de Pronto-Atendimento tenham de entrar em funcionamento em até três meses após o término das obras (Foto: Josué Teixeira/ Gazeta do Povo)

Intermediárias entre os postos de saúde e os prontos-socorros, Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) criadas em todo o país têm demorado para sair do papel, devido a mudanças nas gestões municipais e ajustes no projeto original. O cenário fez com que o Ministério da Saúde revesse a forma de repasses para os municípios: uma portaria expedida no início do mês permite que os recursos sejam cortados caso as prefeituras não cumpram os prazos para a construção e entrada em funcionamento das UPAs.

Agora, após receber a primeira parcela do Ministério da Saúde, a prefeitura tem nove meses para apresentar a documentação do projeto e mais 18 meses para concluir a obra. Após o término do prédio, a prefeitura tem ainda três meses para abrir a unidade para o público. Se as etapas não forem cumpridas, os gestores deixam de receber as parcelas do financiamento referentes a cada ciclo.

Os valores variam de R$ 2,2 milhões para UPAs construídas entre municípios de 50 mil a 100 mil habitantes e R$ 4 milhões para aquelas construídas em cidades de 200 mil a 300 mil moradores. Estão em fase de construção mais 601 unidades em todo o país. Não se sabe quantas construções serão atingidas pela portaria no Paraná, mas o novo cronograma deixou os gestores municipais em alerta.

Em Pato Branco, no Su­doeste, a secretária municipal de Saúde, Antonieta Chioquetta, disse que a UPA da cidade cumprirá o prazo da nova portaria e o prédio deve ficar pronto em seis meses. "Vamos seguir o prazo. A UPA vai ser um complemento no atendimento de urgência e emergência com uma estrutura mais moderna", afirma.

Antigas

Por outro lado, as UPAs construídas nas administrações municipais passadas não seguem a mesma rigidez nos prazos. Em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, a UPA liberada em 2010 tem capacidade para 300 atendimentos diários, mas permanece fechada até que a prefeitura resolva as pendências de recursos humanos e equipamentos. O prédio custou R$ 2 milhões e, por enquanto, os atendimentos são feitos no Hospital Municipal. O secretário da pasta, Orildo Müller, não retornou às ligações da reportagem.

Toledo, no Oeste, e Gua­rapuava, na Região Central, vivem situação semelhante. O secretário municipal de Saúde em Toledo, Edson Simionato, informou que precisa contratar 110 profissionais e os gastos da folha de pagamento da prefeitura já estão no limite. A UPA foi concluída pela última gestão, mas ainda falta a construção do muro e o término da jardinagem do projeto.

Já a prefeitura de Gua­rapuava reconhece que a UPA inaugurada no ano passado não tem condições de entrar em funcionamento em três meses, como prevê a portaria. A prefeitura afirma que encaminhou um pedido de informações ao Ministério da Saúde.

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