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Estragos no porto: prejuízo acumulado pode chegar a US$ 490 milhões | Daniel Castelano/Gazeta do Povo
Estragos no porto: prejuízo acumulado pode chegar a US$ 490 milhões| Foto: Daniel Castelano/Gazeta do Povo

Chuvas e burocracia adiam pedágio em SC

Os motoristas que forem a Santa Catarina até o começo de 2009 ainda não pagarão pedágio. Ao contrário do planejamento inicial da concessionária OHL Brasil, as cinco praças de pedágio que seriam instaladas no trecho entre Curitiba e Florianopólis nas BRs 116, 376 e 101 não ficarão prontas em dezembro. Pelo novo planejamento, as praças de São José dos Pinhais, Garuva, Palhoça, Porto Belo e Barra Velha ficarão prontas em janeiro e fevereiro.

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Itajaí - Com o porto de Itajaí inoperante para navios de médio e grande porte, a economia brasileira pode ter deixado de movimentar US$ 35 milhões por dia – cifra que era transportada diariamente antes de a chuva atingir a estrutura portuária. Desde 21 de novembro, a barra de Itajaí foi fechada para entrada e saída de navios, o que gerou um prejuízo de US$ 490 milhões ao porto. As cargas foram remanejadas para Santos e Paranaguá.

O presidente do Sindicato dos despachantes e ajudantes aduaneiros de Santa Catarina, Marcello Petrelli, estima que 75% dos navios foram desviados para o porto de Santos e cerca de 20% para o porto de Paranaguá. Os 5% restantes desembarcaram em portos diversos, como o de Salvador. Os portos catarinenses de Navegantes e São Francisco não são os destinos principais.

A partir do dia 5 de dezembro, o porto de Itajaí começou a operar com o serviço de cabotagem, isto é, levar contêineres de um porto a outro dentro da costa navegável do país. O serviço não era realizado no cais comercial e opera em caráter temporário – foi a forma encontrada para amenizar os prejuízos.

As operações só se normalizam após obras de reparo e da realização de uma dragagem emergencial, já que 3,8 milhões de metros cúbicos de sedimentos trazidos pela chuva estão no canal. A profundidade do rio, que antes variava de 11 a 12 metros, oscila de 8 a 22 metros. Dessa forma, o canal fica muito fundo em alguns locais e raso em outros, o que prejudica o transporte de navios de grande porte. A dragagem visa a nivelar a profundidade nos sete quilômetros do canal.

No dia 6 de novembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a Medida Provisória 448 destinando R$ 350 milhões para as obras emergenciais de recuperação do Porto de Itajaí. Está sendo aguardada para esta semana a assinatura por parte do governo federal da ordem de serviço para a dragagem. Com a autorização, as obras se iniciam abrindo um canal emergencial para a operação de navios de médio porte. A previsão é de que eles comecem a operar dez dias após a dragagem. Já os de grande porte retornam à operação dentro de 60 ou de 80 dias, quando o canal estará em situação normal.

Além de modificar a profundidade do canal, a chuva destruiu um dos berços, construído em 1945. Segundo a assessoria de imprensa do porto, o complexo é base de 70% da economia de Itajaí, o maior exportador de carne frigorificada do país e responsável por 4% da balança comercial brasileira. É o único porto municipal do Brasil.

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