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O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, informou que rompeu as negociações com os sem-terra que invadiram na manhã de hoje a sede do órgão e que pediu à Justiça a imediata reintegração de posse do edifício.

Para Hackbart, houve "traição" por parte dos manifestantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), porque o Incra vinha negociando com a entidade há uma semana a pauta de reivindicações, e eles romperam unilateramente o diálogo com a invasão. Segundo o presidente do Incra, não havia razão para a invasão do prédio, porque vários pontos das reivindicações estavam sendo atendidos.

De acordo com Hackbart, dos 40 assentamentos da região do entorno do Distrito Federal, 16 são da Fetraf. Dos 103 mil hectares da região incorporados à reforma agrária, 32 mil hectares foram ocupados por integrantes da Fetraf. Do total de 6 mil famílias de trabalhadores assentadas, 1.200 são integrantes do movimento.

Ele disse que, da pauta de mais de 20 pontos, "apenas 3 ou 4 não puderam ser atendidos." Segundo ele, alguns por "absoluta impossibilidade legal" ou por serem "estranhos". Citou como exemplo um ponto da pauta que pede R$ 1,3 milhão para a Fetraf levar jovens do entorno para conhecer a Amazônia e visitar pontos turísticos como o mercado Ver-o-Peso, de Belém (PA), e o Teatro de Manaus (AM).

"Acho isso maravilhoso, mas não é o nosso papel nem há dinheiro para isso no orçamento da reforma agrária", afirmou. Ele reclamou que o Incra está parado por causa da invasão e que demandas importantes da reforma agrária estão interrompidas, em prejuízo dos trabalhadores rurais. Hackbart informou que já acionou as polícias Federal e Militar para efetuarem a reintegração de posse tão logo seja determinada pela Justiça. O prédio do Incra foi invadido por cerca de 700 integrantes da Fetraf.

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