Os 52 presos da Cadeia Pública de Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro, se rebelaram durante a noite de ontem e madrugada desta sexta-feira (2), e destruíram boa parte da carceragem que fica anexa à 38ª Delegacia Regional de Polícia Civil. Os presos chegaram a fazer um agente penitenciário refém durante as sete horas de rebelião.
Os rebelados atearam fogos em colchões e roupas, assim como danificaram as paredes das alas. A situação só foi controlada e o refém liderado sem ferimentos depois que a juíza da Vara Criminal Maristella Andrade de Carvalho chegou ao local e começou a negociar com os presos. A magistrada atendeu o pedido para que cinco dos detentos, que estariam prestes a concluir sua pena, fossem colocados em liberdade nas próximas horas. Os rebelados também exigiam melhores condições de sobrevivência dentro das celas.
De acordo com o delegado Tristão Borborema de Carvalho, a rebelião começou após um investigador da Polícia Civil impedir a fuga de três presos. Ao voltar às celas os detentos organizaram o plano da rebelião e o colocaram em prática quando o agente carcerário entrou na cadeia para acomodar um homem preso em flagrante.
Com a destruição de parte da carceragem, a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) procura vagas disponíveis no sistema prisional para transferir parte dos detentos. A Polícia Civil ainda não conseguiu contabilizar os prejuízos causados com a rebelião.
Está é a segunda rebelião na Cadeia Pública de Santo Antônio da Platina em menos de 40 dias. No dia 23 de março os 75 homens que estavam presos no local se rebelaram e destruíram a carceragem. Os detentos reclamavam da superlotação da unidade - onde só cabem 32 presos e das condições de higiene. Para por fim a rebelião a Justiça aceitou transferir e liberar 23 presos.
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