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Depois de quase 300 dias de tratamento, Reinaldo Rocha Mira, de 62 anos, o primeiro dependente químico a ser internado compulsoriamente no Estado de São Paulo, voltou ao convívio com a família nesta sexta-feira, 1. Mira recebeu alta da clínica em que estava internado, em Araçoiaba da Serra, região de Sorocaba (SP), e seguiu com a filha Ana Paula Mira para a residência dela em São Paulo.

Ana Paula é a mesma que, em janeiro, pôs sedativos no suco do pai para levá-lo até o Centro de Referência em Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), na capital paulista, uma vez que ele não aceitava o tratamento. Na ocasião, o governo de São Paulo tinha acabado de adotar o programa de internação compulsória de dependentes químicos.

Ele usava drogas havia quase 50 anos e se afastara da família para viver na rua. Rocha Mira morou na cracolândia paulista - local que reúne viciados em crack. A filha convidou-o para uma refeição e o dopou com sedativos. Do Cratod, ele foi transferido para um centro terapêutico em Araçoiaba da Serra. De acordo com a psicóloga do centro, Ana Leda Bella, o ex-dependente está apto a levar uma vida normal e sem drogas, mas precisará do apoio da família. Rocha Mira tem outros quatro filhos que ainda não acreditam na recuperação dele. Para provar que está livre do vício, ele vai procurar trabalho.

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