Um problema técnico obrigou um avião da empresa aérea TAM a interromper o vôo para Porto Alegre e retornar ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo na tarde de ontem (26).
A aeronave, que fazia o vôo JJ 3055, partiu do Aeroporto de Congonhas s 15h45, com destino ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS). Segundo umas das passageiras a bordo do avião Vanderlice Dias Jardim, cerca de 30 minutos após a decolagem o comandante avisou pelo sistema de som que voltaria a São Paulo devido a um problema de vazamento de óleo.
Inicialmente, as pessoas permaneceram calmas, mas aí as luzes começaram a piscar e o avião parecia não conseguir se estabilizar, como se estivesse enfrentando turbulência, contou Vanderlice. Segundo ela, o piloto voltou a se comunicar com os passageiros e comentou que havia um probleminha no motor.
Em nota, a TAM confirma que houve sim um "problema técnico", sem dar mais detalhes. A empresagarante que o pouso em Guarulhos ocorreunormalmente, mas Vanderlice critica a"falta de atenção" da companhia.
Ao pousarmos, a pista estava repleta de carros de bombeiros e ambulâncias. A TAM nos colocou em ônibus e nos levou até outro avião. A empresa, no mínimo, deveria ter nos levado a uma sala, nos perguntado se estávamos bem e se tínhamos condições de voar, comentou Vanderlice. O que nos deixa mais indignados é a falta de preparo e de cuidado com a vida, além da falta de humildade de reconhecerem seus erros [aos passageiros].
Esposa de umas das vítimas do acidente com com o Airbus A320 da TAM, ocorrido no Aeroporto de Congonhas, em 17 de julho do ano passado, Vanderlice viajava para Porto Alegre para participar do encontro que a Associação das Famílias e Amigos das Vítimas do Vôo TAM JJ3054 realiza neste final de semana.
Para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o procedimento de retorno e de pouso estão dentro dos padrões. Segundo a assessoria da agência, nenhum passageiro registrou qualquer reclamação nos aeroportos de São Paulo ou de Porto Alegre. A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) diz ter acionado o sistema de emergência do aeroporto a pedido do próprio piloto, que informou estatal que enfrentava problemas no motor.
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