Um professor da rede pública do estado de São Paulo foi afastado preliminarmente após participar de uma atividade no pátio da escola - que seria um desfile de fantasias - com uma vestimenta que remete à Ku Klux Klan (KKK), grupo originado nos Estados Unidos que prega a supremacia branca. O vídeo foi divulgado na segunda-feira (20), mas a atividade foi realizada na Escola Estadual Amaral Wagner, em Santo André, em 8 de dezembro, segundo informações divulgadas por uma entidade estudantil ligada ao colégio nas redes sociais.
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Em nota, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo informou que apura o caso e que o professor - que é servidor concursado - ficará afastado de suas funções até o fim dessa averiguação. O desfecho do caso dependerá do resultado da apuração que será feita por comissão inter-racial formada pela Diretoria de Ensino de Santo André.
De acordo com informações da coluna de Fausto Macedo, no jornal O Estado de S. Paulo, o professor - que seria da disciplina de História - reconheceu que usar a vestimenta foi uma “ação infeliz”, e teria se retratado por meio de uma carta enviada à direção da escola e também durante uma reunião do Conselho Escolar.
Ainda por meio de nota, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e a Secretaria Municipal de Educação de Santo André repudiaram o ato.
Matéria da editoria Ideias da Gazeta do Povo explicou que a Ku Klux Klan ficou conhecida por atos de violência contra negros e outros grupos, como judeus e católicos. A organização surgiu ao final da Guerra Civil nos Estados Unidos, em 1865. Conhecidos pela túnica branca com um capuz que cobre todo o rosto, os membros da KKK agrediam, matavam e estupravam pessoas negras e brancas que ajudavam ex-escravos. A Ku Klux Klan chegou a arregimentar cerca de 6 milhões de membros em seu auge, em 1920. Atualmente, estima-se que a KKK agrega de 5 a 8 mil membros, divididos entre dezenas de subgrupos que usam essa denominação.
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