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Cleusa e sua turma: interação entre escola e a paisagem da cidade. | Divulgação
Cleusa e sua turma: interação entre escola e a paisagem da cidade.| Foto: Divulgação

Hoje em dia, é unanimidade: mais cedo ou mais tarde a tecnologia chegará às escolas. No entanto, muitas são as dúvidas que ainda assombram a sala de aula: por onde começar? Qual a melhor metodologia? Cleusa Komarchewski, professora da Escola Municipal Gunther Urban, localizada em Campo do Tenente, encontrou solução para algumas dessas perguntas. Há 18 anos em sala – cinco deles dedicados ao projeto de incentivo à leitura Ler e Pensar –, Cleusa optou pela fotografia para desenvolver a prática com seus alunos do 4.º ano. “Comecei as atividades pensando na disciplina de Língua Portuguesa, mas logo percebi que o projeto ia além e se tornava interdisciplinar”, conta. Seu objetivo principal foi estimular a produção e compartilhamento de imagens de forma responsável e consciente.

Notícia e reflexão

Cleusa utilizou o jornal Gazeta do Povo como referência para o estudo. “Na mídia em geral, a fotografia é a representação visual mais utilizada. Ela salta aos nossos olhos pela mensagem carregada de sentido. Ela não está ali por acaso. Tem uma função, aparece em um formato específico, possui múltiplas intenções, seja informativa, interpretativa, documental ou ilustrativa. Às vezes, a própria foto pode ser a notícia. Sua presença traz mais credibilidade ao leitor.”

A integração entre tecnologia e informação gera novos conhecimentos, amplia a compreensão do mundo e possibilita buscar alternativas para a transformação do cotidiano.

Cleusa Komarchewski professora.

A investigação levou os alunos a se questionarem sobre o conteúdo retratado e sua mensagem. Assim, surgiram reflexões sobre os perigos de expor fotos de maneira irresponsável. “É preciso valorizar a capacidade intelectual das crianças para pensar valores morais que asseguram relações sadias, evitando registrar informações falsas, preconceituosas e racistas. Também foi abordado o compartilhamento sem autorização, que se constitui em cyber crime.”

Câmara clara

Logo os alunos descobriram os mecanismos da câmera fotográfica e os conceitos básicos de fotografia. Cleusa, em conjunto com a turma, elaborou um roteiro com lugares internos e externos para que cada aluno realizasse o registro da escola e da cidade sob seu próprio prisma. Posteriormente, fizeram a interpretação de cada imagem e produziram as legendas, transformando, assim, arte em notícia e desenvolvendo o senso crítico.

Casarão antigo da família Stalhke, em Campo do Tenente.Maria Alice Boniatti / Divulgação

Exposição

Para finalizar o projeto, os alunos e Cleusa realizaram uma exposição física e outra virtual. “Por meio do Facebook e do blog o trabalho chegou ainda mais às famílias e comunidade, que interagiram e fizeram muito elogios. Os alunos aprenderam a lançar esse novo olhar sobre a cidade. Gostaram tanto que quiseram aprender mais sobre o que fotografaram. Despertou a curiosidade pelo conhecimento”, conta Cleusa.

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