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Paraná

Professores da rede estadual fazem dia de paralisação

Em passeata sob forte chuva em Curitiba, profissionais pedem adoção do piso salarial nacional, redução do número de alunos por turma e garantia da hora-atividade

Professores fizeram passeata o centro de Curitiba no fim da manhã desta terça-feira | Priscila Forone/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Professores fizeram passeata o centro de Curitiba no fim da manhã desta terça-feira (Foto: Priscila Forone/Agência de Notícias Gazeta do Povo)

Os professores da rede estadual de ensino do Paraná paralisaram as atividades nesta terça-feira (30) e realizam manifestações em Curitiba e outras cidades do estado. Os profissionais reivindicam a implementação do Piso Salarial Profissional Nacional, um novo modelo de atenção à saúde, realização de novos concursos e auxílio transporte para todos os funcionários. Além disso, os professores cobram o cumprimento integral da lei, garantindo que um terço da jornada seja destinada para a hora atividade, que inclui o planejamento de aulas e correção de provas e trabalhos.

Na capital, cerca de duas mil pessoas estavam na concentração da manifestação na Praça Santos Andrade no início da manhã desta terça, segundo a Diretoria de Trânsito (Diretran). Sob forte chuva, os professores seguiram em passeata até o Centro Cívico. As ruas Ernani Santiago de Oliveira e a Jacy Loureiro de Campos chegaram a ficar bloqueadas durante a manifestação. Mais tarde, o grupo foi até a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) acompanhar a votação do reajuste salarial.

Representantes dos professores também se encontraram com o governador em exercício e secretário da Educação, Flávio Arns. No encontro, Arns se comprometeu a dar andamento à discussão da implantação automática das promoções e progressões na carreira. O governador em exercício confirmou o pagamento, em setembro, das promoções e progressões de carreira relativas aos anos de 2009 e 2010.

História

A data escolhida pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato) é simbólica e retoma os 23 anos do episódio em que os professores foram duramente reprimidos durante uma manifestação. Na época, a categoria estava em greve e exigia do governo, entre outras reivindicações, o reajuste salarial. Os profissionais que participaram de uma caminhada seguiram até o Centro Cívico, onde fica o Palácio de Governo, e foram reprimidos pela polícia, que contou com o auxílio da cavalaria e usou cacetetes e bombas de efeito moral para dispersar a manifestação.

Projeto

O governo do estado elaborou um anteprojeto de Lei Complementar para reajuste salarial dos professores da rede pública de ensino. Na proposta, aprovada na Assembleia Legislativa (Alep) nesta terça-feira, o poder público do Estado sugeriu um aumento de 5,83% nos vencimentos dos docentes, em duas parcelas.

Com a aprovação, o governo do Estado fará o pagamento retroativo de 3% sobre o vencimento de julho no próximo mês. A segunda parcela será efetuada em outubro, com um aumento de 2,83% no salário.

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