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Professores da rede pública estadual promovem hoje uma série de manifestações em todo o Paraná para reivindicar reajuste salarial de 48% e melhorias nas condições de trabalho. A expectativa da APP-Sindicato, entidade que representa a categoria, é de que quase todos os 70 mil educadores do estado paralisem suas atividades. Com isso, 1,4 milhão de estudantes devem ficar sem aulas.

Em Curitiba, os professores estão convocados a se reunir na Praça Santos Andrade, a partir das 9 horas. Depois, partem em caminhada até o Centro Cívico, para apresentar as reivindicações na Assembléia Legislativa e no Palácio Iguaçu. No mesmo horário, em Foz do Iguaçu, a concentração será em frente ao Colégio Mitre.

O presidente da APP-Sindicato, José Lemos, afirma que a prioridade da categoria é melhorar o salário. Segundo ele, os professores têm atualmente uma remuneração 48% inferior à de outros profissionais – com a mesma qualificação e carga horária de trabalho – do poder executivo estadual.

Depois da questão salarial, a luta é para que seja implantado o plano de cargos e salários para os funcionários de colégios, similar ao já foi implantado para os professores. Além disso, o sindicato pede para que o acesso ao nível salarial mais elevado – para profissionais com mestrado – tenha os critérios reavaliados. Atualmente, o salário inicial de um professor da rede estadual é de R$ 360 (mais R$ 150 de auxílio para transporte) e chega a até R$ 1.080 (mais o mesmo auxílio).

O dia 30 de agosto é chamado pelos professores de Dia de Luto e de Luta da Educação Paranaense. Nessa data, em 1988, um grupo de professores em greve foi agredido em frente ao Palácio Iguaçu, numa manifestação por melhores salários. A APP-Sindicato organiza paralisações nesse dia desde 1990.

Para Lemos, a situação da categoria só piorou nesses últimos 17 anos. "Nosso poder de compra é bem menor hoje do que era em 1988", diz. Para ele, o governo do estado precisa se esforçar mais para cumprir todos os acordos feitos desde 2002.

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