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Brasília (AE) – O governo anunciou ontem o Plano Nacional de Recursos Hídricos, programa que traça diretrizes para o uso da água no país até 2020. O plano abrange as mais diversas aplicações desse recurso, como na indústria, agricultura, saneamento e geração de energia elétrica.

"Com isso, somos o primeiro país da América Latina a cumprir a determinação das Nações Unidades (ONU) de ter um plano para as águas", disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante o lançamento do programa, no Palácio do Planalto. "Se os outros países não fizerem, é porque se trata de algo muito complexo, e nós deveríamos estar celebrando", acrescentou.

Objetivos do Milênio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que o plano "vai orientar a gestão das águas nacionais e, ao mesmo tempo, fortalecer nossa caminhada rumo ao cumprimento de um dos Objetivos do Milênio". A meta da ONU à qual Lula se referiu é a de reduzir pela metade, até 2015, a população sem acesso à água potável e saneamento básico.

Em discurso, Lula ressaltou que, nos últimos três anos, o governo federal destinou R$ 7 bilhões ao setor de saneamento, uma área que "gravemente negligenciada nos anos 90", disse. Neste ano, afirmou o presidente, deverão ser destinados mais R$ 3 bilhões para o setor.

O presidente destacou o papel da sociedade na elaboração do plano, que, segundo ele, é "mais um tijolo na arquitetura de um país em construção".

O plano anunciado ontem prevê diversos programas a serem implantados pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com entidades públicas e privadas ligadas ao setor hídrico. Esses programas serão revisados e atualizados a cada quatro anos.

Na opinião do secretário nacional de Recursos Hídricos, João Bosco Senra, por contar com o apoio do cidadão, o Plano Nacional de Águas fortalece programas direcionados para as populações carentes.

"O plano estabelece ações nas bacias, definindo as prioridades, como o programa de capacitação no uso da terra e no manejo da água, para que não haja desperdício, de forma que a água traga benefícios, e não problemas de erosão, assoreamento e degradação", explicou.

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