
O projeto preliminar de implantação da primeira linha do metrô em Curitiba foi apresentado, nesta quarta-feira (4), aos técnicos do Ministério do Planejamento, em Brasília. Na terça-feira (3), o prefeito Beto Richaassinou os contratos com as empresas que venceram a licitação para realizar os estudos de engenharia e impacto ambiental da obra. Os projetos custarão R$ 2,68 milhões ao município.
O presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Cléver Almeida, falou sobre o Plano de Mobilidade, que define as diretrizes para a cidade até 2020. Esta foi a primeira reunião técnica do projeto. As discussões anteriores eram políticas.
O diretor de Planejamento, Expansão e Marketing da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Raul De Bonis, disse que o Ministério do Planejamento é passagem obrigatória para cidades que estão em busca de recursos para projetos de implantação do metrô. Ele fez uma análise positiva do encontro. "A reunião foi muito boa e as condições de Curitiba, que já possui um sistema integrado, tem alcance na Região Metropolitana e pretende implantar o sistema debaixo das canaletas que já existem, são extremamente favoráveis", avaliou.
O encontro entre os técnicos da Prefeitura foi agendado no início de fevereiro, quando Richa se encontrou, em Brasília, com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Mesmo sem a verba garantida, Richa anunciou na terça-feira o início das obras de construção do metrô em 2010. O valor estimado do projeto é de R$ 2 bilhões e seria custeado pelo governo federal, iniciativa privada e pelo município.
Sistema
O metrô de Curitiba será construído embaixo das canaletas, atualmente usadas exclusivamente para o tráfego dos ônibus biarticulados. A proposta é que o metrô seja o mais superficial possível, mesmo sendo subterrâneo. Detalhes como a profundidade em cada ponto serão definidos durante os estudos e projetos de engenharia.
O sistema que se pretende utilizar - cut and cover - é mais barato do que o convencional (de túnel). Consiste na execução das paredes de contenção a partir da superfície através do cravamento de estacas nas laterais da via, as escavações só acontecem depois da construção da laje superior e, por último, os acabamentos nas paredes e o piso.



