O promotor de Justiça da Saúde Pública de Ponta Grossa, Fuad Chafic Abi Faraj, encaminhou nesta terça-feira ao secretário municipal de Saúde de Curitiba, Michele Caputto Neto, um ofício que requisita a realização de uma auditoria nos hospitais de Curitiba filiados ao Sistema Único de Saúde (SUS). O motivo seria a dificuldade que a Central de Regulação Leitos tem encontrado em transferir pacientes que precisam de atendimento em UTI.
Para o promotor, é necessário verificar se todos os leitos da unidade de terapia intensiva disponíveis na capital estiveram ocupados nos últimos 90 dias, nas ocasiões em que houve a solicitação da Central de Leitos, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde que regula a oferta de leitos hospitalares no Estado e viabiliza transferências. "Nosso objetivo é ter certeza de que não houve sonegação de leitos para pacientes de Ponta Grossa, quando houve solicitação à Central. Como a estrutura da cidade não comporta o número de pacientes que precisam de terapia intensiva, tendo ocorrido mortes em função disso, inclusive, temos que requisitar leitos em Curitiba que, se tiver disponíveis, tem a obrigação de receber os doentes", assegura Faraj.
Procurado pela reportagem, o secretário de Saúde de Curitiba, Michele Caputto Neto, não foi encontrado.
Por meio da sua assessoria, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) informa que um estudo para solução dos problemas em Ponta Grossa está sendo feito, com o aval do secretário de Saúde, Cláudio Xavier. A meta é aumentar o número de 18 leitos disponíveis atualmente para 36 leitos.
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