Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Paralisação

Protesto da Polícia Rodoviária Federal causa transtornos em oito estados

Rigor na fiscalização de veículos provoca congestionamentos em rodovias federais. No Paraná, policiais aprovam indicativo de greve

No Contorno Leste de Curitiba, a barreira policial levou a um congestionamento de dez quilômetros | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
No Contorno Leste de Curitiba, a barreira policial levou a um congestionamento de dez quilômetros (Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo)
Policiais também dificultaram o trânsito na Ponte da Amizade |

1 de 1

Policiais também dificultaram o trânsito na Ponte da Amizade

Após realizar operações-padrão que causaram filas em estradas de oito estados ontem, incluindo o Paraná, os policiais rodoviários federais prometem levar os transtornos para todo o país hoje. Nas ações, os agentes fizeram uma fiscalização mais rigorosa em carros, caminhões, ônibus e pedestres em rodovias federais.

O motivo é mostrar que falta pessoal para o serviço. Segundo a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Fe­­derais (FenaPRF), a defasagem chega a 4 mil policiais em todo o Brasil. Ontem à noite, a PRF do Paraná aprovou um indicativo de greve. A data da paralisação deve ser definida na próxima segunda-feira em assembleia da FenaPRF.

Em Curitiba, a operação da PRF ocorreu no quilômetro 95 do Contorno Leste, a BR-376, próximo ao Posto Contorno. Os bloqueios nas duas pistas começaram às 8h30 e tive­­ram como objetivo reivindicar melhores salários e recomposição do efetivo da categoria. Durante esse período, os policiais pararam todos os carros que passaram na rodovia e verificaram as notas fiscais da carga dos caminhões. Como resultado, a fila de veículos chegou a 25 quilômetros em cada lado da estrada. A barreira só foi desfeita por volta das 13 horas.

Durante a manhã, também foram registrados protes­­tos em Londrina, com bloqueio na BR-369, no quilômetro 157, e em Foz do Iguaçu, na Ponte da Amizade.

Rio-São Paulo

Em Guarulhos (Grande São Paulo), a operação-padrão ocorreu na via Dutra das 9 às 11 horas, no sentido Rio. Foram parados 163 caminhões – 20 deles foram multados por infrações como falta de licenciamento ou de itens de segurança. A fiscalização rigorosa provocou cerca de dez quilômetros de lentidão.

No Rio, faixas nos dois sentidos da ponte Rio-Niterói foram interditadas pelos poli­­ciais à tarde. Eles revistaram 310 veículos, o que causou congestionamento de 13 quilômetros. Segundo a concessionária que administra a ponte, o tempo para a travessia chegou a 1 hora e 45 minutos. Durante a operação, um ônibus teve uma pane elétrica e pegou fogo – uma passageira sofreu queimaduras.

Greve atinge vários setores do país

Folhapress

A greve dos servidores públicos federais já é o maior movimento do gênero desde o começo do governo Lula (2003-2010), desafiando a gestão Dilma Rousseff. Os números oficiais e o do movimento não batem.

Nas contas sindicais, ao menos 27 órgãos federais foram diretamente afetados, entre greves, suspensão temporária de trabalho ou operações-padrão. Além dos policiais rodoviários federais, agentes da Polícia Federal estão em greve e servidores do Banco Central cruzaram os braços por 24 horas e ameaçam parar definitivamente.

Universidades federais também estão paradas há mais de dois meses, passaportes deixaram de ser emitidos e remédios importados estão retidos em depósitos. Há protestos em vários pontos do país.

Ontem, em Brasília, servidores federais em greve tentaram subir a rampa do Palácio do Planalto, mas foram contidos por policiais do Distrito Federal.

A ministra do Planeja­men­to, Miriam Belchior, disse que o governo está fechando suas contas nesta semana para saber qual proposta de reajuste poderá apresentar aos servidores. Segundo a ministra, o ano começou com boas perspectivas de recuperação da economia mundial, mas elas não se confirmaram e foi preciso o governo refazer as suas contas.

"Estamos finalizando nesta semana as nossas contas para ver o que podemos apresentar aos servidores."

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.