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Curitiba

Protesto de moradores fecha rua no bairro Boqueirão

Moradores queimaram pneus para bloquear o trânsito | João Varella - Gazeta do Povo
Moradores queimaram pneus para bloquear o trânsito (Foto: João Varella - Gazeta do Povo)
Bombeiro apaga chamas no protesto do Boqueirão desta tarde |

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Bombeiro apaga chamas no protesto do Boqueirão desta tarde

Polícia protege carro dos bombeiros |

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Polícia protege carro dos bombeiros

Moradores do Boqueirão querem melhor sinalização |

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Moradores do Boqueirão querem melhor sinalização

Cerca de 50 moradores do bairro Boqueirão, em Curitiba, realizaram um protesto na tarde desta quinta-feira (30). Os manifestantes bloquearam por pouco mais de duas horas o cruzamento das ruas Tenente Coronel Viligran Cabritas e Wilson Dacheux Pereira, sendo que nesta passa a canaleta usada pela linha Circular Sul. Os moradores, que queimaram pneus para interromper o trânsito, prometem novo protesto na sexta-feira (31).

Por volta das 17h30, um acidente de trânsito no local, o sétimo só neste mês, revoltou os moradores. Uma moto sofreu uma colisão na traseira de um carro modelo Celta. O casal que estava na moto ficou ferido, mas não correm risco de perder a vida. Cerca de vinte policiais militares e cinco guardas municipais estiveram no local para acompanhar o protesto.

"Sinaleiro, sinaleiro", gritavam os moradores aos ônibus que eram forçados a desviar da manifestação. Os moradores reclamam da falta de sinalização no local. Só nesta semana, foram três acidentes. "Há um ano e meio que a Urbs promete fazer algo para solucionar e nada", diz o presidente da associação de moradores da Vila Olimpia, César Dionísio. Esse é o segundo protesto que os moradores organizam em dez dias.

A diretora de trânsito da Urbs, Rosângela Battistella, promete reforçar a sinalização da região em no máximo 30 dias. Para ela, lombadas nos itinerários dos coletivos atrasariam as viagens e semáforos incentivariam mais imprudência. A diretora prevê que em abril de 2009 será colocado um radar eletrônico na região. "O maior causador de acidentes naquela zona é o desrespeito dos motoristas a faixa do ônibus", diz Battistella.

Risco constante

Na quadra ao lado de onde se deu o acidente, há uma escola municipal, de ensino fundamental. Segundo Juliana Vasick, da Associação de Pais, Professores e Funcionários do Colégio Maria Augusta Jouver, 600 crianças estudam no colégio e correm risco constante na rua. "Os motoristas andam em alta velocidade por aqui", denuncia.

Negociação e tensão

"Estou preocupado com a noite. Daqui a pouco escurece e o bloqueio pode ocasionar outro acidente", argumentou o supervisor da Guarda Municipal Airton Cesar Storer para os líderes da manifestação. "Aqui acontece acidente sempre, meu senhor", gritou, em resposta, uma mulher que foi seguida logo depois por gritos de apoio.

Mas as tratativas com a Polícia Militar não foram tão amenas. Dirceu Domingo Fernandes, presidente da associação de moradores da Vila Pantanal, afirma que homens da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) ameaçaram prender-lo.

O 2º tenente do 20º Batalhão da Polícia Militar Otávio Roncaglio conta que o Fernandes estava muito "exaltado", mas nega truculência. "Fomos dialogar com uma professora que parecia mais calma", disse o policial.

Por volta das 18h, um carro dos bombeiros apagou as chamas. Os manifestantes terminaram a manifestação às 19h45. Os líderes do protesto prometem voltar a fechar a rua às 9h e às 17h na sexta-feira (31).

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