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Expediente

Senador suspende sessão com nota de pesar por mortes

Brasília – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), abriu ontem sessão da Casa apresentando requerimento de voto de pesar pelas mortes do senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA) e dos deputados Júlio Redecker (PSDB-RS) e Nélio Dias (PP-RN). Em seguida, Renan suspendeu a sessão. Os três parlamentares morreram durante o recesso parlamentar. O voto de pesar foi lido pelo senador Papaléo Paes (PSDB-AP). Antes de suspender a sessão, Renan ainda pediu um minuto de silêncio em homenagem ao senador. ACM morreu no último dia 20, aos 79 anos, em São Paulo, em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Ele estava internado no InCor, do Hospital das Clínicas, em São Paulo, desde o dia 13 de junho. Renan marcou uma sessão especial em homenagem a ACM na próxima quarta-feira, a partir das 14h.

O deputados Júlio Redecker foi uma das vítimas do acidente com o vôo 3054 da TAM, do último dia 17. Líder da minoria, ele estava no quarto mandato parlamentar e foi um dos defensores da CPI do Apagão na Câmara. O deputado se destacou como um dos críticos mais contundentes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nélio Dias morreu durante tratamento de câncer no pulmão. Ele era presidente nacional do Partido Progressista e vice-líder da legenda na Câmara dos Deputados.

Brasília – O Psol fez ontem nova representação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), por indícios de quebra de decoro parlamentar. Ele é suspeito de grilagem de terras em Alagoas e de ter beneficiado a cervejaria Schincariol em troca de vantagens.

O Conselho de Ética já investiga se Renan teve despesas pagas por um lobista da empreiteira Mendes Júnior. O pedido de abertura de um novo processo contra ele foi protocolado na Mesa Diretora do Senado, que ainda analisará o caso. O Psol também protocolou representações na Câmara contra os deputados Olavo Calheiros (PMDB-AL), que é irmão de Renan, e Paulo Magalhães (DEM-BA).

Os dois são suspeitos de corrupção, tráfico de influência e fraudes em licitação em esquema com a construtora Gautama.

Olavo ainda é acusado de participação no caso Schincariol por ter vendido uma fábrica de cerveja à Schincariol no município de Murici (AL), com preço acima da média do mercado. A Schincariol afirmou, por meio de nota, que a compra da fábrica foi realizada dentro da lei e faz parte de seu plano de expansão.

No processo já em andamento, os relatores Renato Casagrande (PSB-ES), Marisa Serrano (PSDB- MS) e Almeida Lima (PMDB-SE) estão preocupados com a possibilidade de a perícia da Polícia Federal não ser conclusiva. Ainda faltam documentos e o prazo de vinte dias para a conclusão do laudo pode ser prorrogado. Os relatores temem o desgaste político e a pressão no Senado se tiverem que fazer um parecer sem o respaldo total da Polícia Federal.

Defesa

Renan classificou como "eleitoreira" a ação do Psol. Em nota oficial, o senador disse que a representação mostra "mais uma vez o caráter eleitoral deste episódio como uma disputa da política de Alagoas".

Renan declarou-se impedido de presidir reunião da Mesa Diretora do Senado em que será definido se a nova representação será encaminhada ao Conselho de Ética. "Dei-me por impedido para tratar de assunto dessa natureza, que está entregue à competência do primeiro vice-presidente da Casa, senador Tião Viana (PT-AC)", disse Renan na nota.

A Mesa Diretora do Senado ainda não definiu quando vai se reunir para decidir sobre os rumos da nova representação do Psol.

Mais cedo, o presidente do Senado evitou comentar a representação. Renan disse apenas que vai conseguir provar sua inocência no processo a que já responde no Conselho de Ética. "A expectativa é que chegará a oportunidade em que eu vou me defender com provas, documentos e não só com discursos. Vou provar o contrário das maledicências que disseram contra mim", afirmou.

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