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A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) anunciou a suspensão, por 30 dias, de quatro estudantes do curso de Direito envolvidos em atos de racismo e discriminação durante os Jogos Jurídicos de 2024. A medida passa a valer a partir de 1º de agosto.
O caso veio à tona após a divulgação de um vídeo gravado em Americana, no interior de São Paulo, durante uma partida de handebol entre alunos da PUC-SP e da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Nas imagens, uma das alunas da PUC-SP chama os colegas da USP de “pobres”, em um tom ofensivo, reforçando estigmas sociais e econômicos.
Diante da repercussão, a reitoria da PUC-SP divulgou nota nas redes sociais e informou que a readmissão dos estudantes ao convívio acadêmico estará condicionada à comprovação de matrícula e frequência, ao longo de um ano, em disciplinas voltadas à promoção da igualdade racial, justiça social, combate à discriminação e direitos humanos.
Além da sanção individual, a universidade determinou a criação de um código de conduta específico para eventos esportivos e representações estudantis, com prazo de 60 dias para conclusão. O objetivo é evitar a repetição de comportamentos discriminatórios e reforçar os valores institucionais de respeito, ética e direitos humanos.
A PUC-SP também anunciou a instauração de um procedimento restaurativo, priorizando os princípios da dignidade humana, acolhimento e responsabilização, como forma de enfrentamento ao episódio.
O caso gerou mobilização entre os estudantes, com protestos e paralisações nos dias seguintes ao ocorrido. A universidade afirmou que as ações foram resultado de um diálogo com a comunidade acadêmica.
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