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Quatro acusados de terem participado do assassinato de um casal de namorados em Quatro Barras, em 2009, na saída de uma festa neonazista, prestam depoimento nesta sexta-feira (8), no Fórum de Campina Grande do Sul. A audiência teve início por volta das 13h40, segundo informações do fórum. O economista paulista Ricardo Barollo - acusado de ser o mandante do crime – e Jairo Maciel Fischer já haviam sido ouvidos às 18h. Na sequência, Rodrigo Motta e João Guilherme Correa prestariam depoimento.

Outros dois réus foram ouvidos na terça-feira (5). Rosana Almeida e Gustavo Wendler negaram, segundo o promotor Otacílio Sacerdote Filho, participação no crime. Réus no processo que investiga a morte do casal, os dois foram interrogados pela promotoria e por advogados no Fórum de Campina Grande do Sul.

Segundo o promotor, Rosana afirmou que nunca teve contato com Barollo. Já Wendler admitiu que esteve no local do crime, mas desceu do carro para urinar, caiu em uma ribanceira e apenas ouviu os tiros que mataram Bernardo Dayrell Pedroso, 24 anos, e a namorada dele, Renata Waechter, 21 anos. Ainda segundo Wendler, a intenção era assustar Pedroso, mas não matá-lo. De acordo com o inquérito, Bernardo Dayrell Pedroso e Renata Waechter foram mortos em 2009, na saída de uma comemoração em homenagem aos 120 anos de nascimento do líder nazista Adolf Hitler. Para a polícia, a disputa pela liderança de um grupo de orientação neonazista foi a motivação para os crimes.

Crime

O assassinato ocorreu em Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba, no dia 21 de abril de 2009. Além de Barollo, acusado de determinar o assassinato, outras cinco pessoas são acusadas de participação no crime: Rosana Almeida, 22 anos, Jairo Maciel Fischer, 21, Gustavo Wendler, 21, Rodrigo Motta, 19, João Guilherme Correa, 18.

Segundo as investigações, os dois universitários foram atraídos para uma emboscada por Rosana, que afirmou que estava passando mal e pediu carona para voltar para Curitiba. Correa, Motta e Fischer teriam seguido o casal em outro veículo. E quando já estavam retornando para a festa, Wendler (que também estava no carro junto com o casal) pediu que parassem no acostamento e Bernardo e Renata foram obrigados a descer do carro. Os dois universitários foram assassinados com tiros na cabeça por Correa e Fischer –que seguiam no veículo de trás. Logo após o crime, os acusados teriam ligado para Barollo, que estava em São Paulo, afirmando que a "missão" havia sido cumprida e pedindo que um advogado fosse contratado, caso a autoria do assassinato fosse descoberta.

A polícia apreendeu material de ideologia neonazista com os acusados, em maio de 2009, em São Paulo, Joinville (SC), Laguna (SC) e Teotônia (RS). Foram apreendidos computadores, fotos, pendrives, bandeiras, publicações, e também documentos relativos à criação de um país independente, com constituição e legislação baseada na doutrina nazista.

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