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A reportagem da Gazeta do Povo esteve há duas semanas no Cemitério Jardim da Saudade, no bairro Portão. Lá, informou que queria alugar uma capela no local, mas que o corpo seria enterrado no Rio de Janeiro. A funcionária do cemitério perguntou se a família já havia contratado uma funerária. Disse então que disponibilizaria um "assistente social". Pelo telefone, o agente orienta a procurar uma pessoa chamada Maurício, na Central de Luto, que reúne sete empresas funerárias.

Cerca de 30 minutos depois, o agente chega ao cemitério e leva a reportagem à Central de Luto. "Se for para ir para lá (Rio), só de transporte a prefeitura cobra R$ 1,20 o quilômetro rodado. A gente pode fazer por menos, fazer por R$ 1", diz o agente no caminho. Diz que as funerárias têm uma parceria com o cemitério. Segundo ele, são dois ou três agenciamentos por dia.

Perguntado se não é preciso procurar a prefeitura e entrar no rodízio, o agente diz que há o risco de perder descontos. "Se for lá no Serviço Funerário pode cair no sorteio, sabe? Quando tem a opção da livre escolha é a funerária que te leva que atende. É permitido pela própria prefeitura de Curitiba. E daí a gente pode dar um desconto no transporte, no caixão, em todos os serviços."

O agente diz também que é possível escolher a funerária. "Quer a funerária tal, vai e pega", afirma. "O único probleminha que pode ocorrer é que a prefeitura dá uma cota de livre escolha para cada funerária, às vezes não tem mais, daí é obrigado a ir para o sorteio. A gente pode ver se tem vez lá e pode fazer a livre escolha."

Na Central de Luto, outro funcionário pergunta a altura e o peso do morto e passa a mostrar os caixões. A reportagem mudou a versão em seguida: o falecido era israelita – funerais israelitas são feitos com o caixão mais barato, de R$ 171. "Aí não tem funeral", diz o funcionário. Depois, orienta para procurar o Serviço Funerário Municipal.

Na sexta-feira, a reportagem entrou em contato com o Cemitério Jardim da Saudade. Uma funcionária disse que um diretor retornaria a ligação. Não houve retorno até o fechamento desta edição. A reportagem também tentou contato com a Central de Luto, mas foi informada que só o proprietário da funerária Zancan ou o filho dele poderiam dar informações, e que só seria possível falar com eles nesta semana. (JML)

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