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Roseli Podbesevek, síndica do  Edifício Galileu: situação crítica |
Roseli Podbesevek, síndica do Edifício Galileu: situação crítica| Foto:

Um edifício de Curitiba teve de investir R$ 126 mil para se livrar dos incontáveis morcegos que faziam ninhos no vão existente entre as paredes externas e as lâminas de alumínio galvanizado que as revestem. O que era para ser uma solução arquitetônica contra o frio e a umidade havia se tornado um abrigo dos mamíferos alados, que causavam constantes transtornos aos moradores.

Com três blocos de 25 andares, o Edifício Galileu faz parte do Condomínio Cosmos, na Avenida Souza Naves, próximo ao corredor verde do Jardim Ambiental, uma rota de voo dos morcegos. Os moradores dos andares mais altos eram os mais afetados. "Uma vez sete deles entraram no meu apartamento", conta o gerente de recursos humanos Rogério Moleiro. "Além disso, o mau cheiro era insuportável."

Segundo a síndica do prédio, Roseli Podbesevek, a situação era crítica. "A urina dos animais escorria pelos vidros das janelas, e as fezes se acumulavam nos parapeitos", lembra. Desesperados, os moradores buscaram ajuda do Centro de Zoonoses da prefeitura, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Departamento de Biologia da Universidade Federal do Paraná (UPFR), mas ninguém apresentou uma solução.

Após muita pesquisa, foi encontrada uma saída para o problema, que demandou um trabalho minucioso para não infringir a legislação ambiental. Uma empresa foi contratada para abrir as lâminas, espantar cuidadosamente os morcegos – sem tocar neles, apenas percutindo as lâminas para produzir ruído –, higienizar o local e preencher o vão com poliuretano, não deixando espaço para que os animais voltem.

Inicialmente prevista para durar sete meses, a obra ficou pronta em aproximadamente um ano e meio. "Começou em abril do ano passado e só foi concluída há cerca de 20 dias", conta a síndica. "Dentro de 4 ou 5 anos teremos de fazer manutenção." (AS)

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