Rapaz é preso por pichação pela sétima vez

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Um jovem de 23 anos foi detido em Curitiba por pichação pela sétima vez. Segundo a Guarda Municipal (GM), na noite desta quinta-feira, ele pichava uma fachada de um comércio na Rua São Francisco, no Centro, quando foi flagrado. Por ter mais de 18 anos, ele foi levado para a Delegacia do Meio Ambiente. Em menos de 24 horas, a GM atendeu três casos de pichação. Além disso, a recém reinaugurada Praça da Espannha também já foi alvo de um protesto com pichação.

De acordo com o diretor da GM, Cláudio Frederico de Carvalho, a reincidência entre os adultos é maior. Enquanto apenas cerca de 3% dos adolescentes voltam a praticar a pichação, aproximadamente 30% dos adultos são flagrados ao menos mais uma vez. Para Carvalho, a diferença entre os números tem ligação com o processo de punição. “A medida socioeducativa para o adolescente infrator é aplicada quase que imediatamente. Tem uma celeridade maior. Desde 2010, os adolescentes também são obrigados a assistir a uma palestra sobre o assunto, junto com o adulto responsável”, explica.

Carvalho disse que a GM está buscando uma parceria com o Ministério Público e com a Justiça para modificar a punição ao adulto infrator. “Queremos que ele também assista à palestra e seja obrigado a fazer a reparação do equipamento pichado”, informa. Hoje, uma multa de R$ 1.804,88 é aplicada ao infrator, mas há possibilidade de recursos administrativos. “Dependendo do caso, o desembolso pode demorar”, admite Carvalho.

Quando flagrados, adolescentes de 12 a 18 anos são levados para a delegacia do Adolescente. Os menores de 12 anos são encaminhados aos conselhos tutelares. Adultos são levados à delegacia do Meio Ambiente. Segundo o diretor da GM, cerca de 50% das pichações são feitas por adultos. “Se engana quem pensa que se trata de uma ação delituosa infantil. Já tivemos um caso, por exemplo, de um homem, com terno e gravata, entrando num prédio comercial para pichar”, conta. A faixa média de idade do pichador, segundo ele, é de 13 a 36 anos de idade. “Mas um homem de 56 anos já foi detido, por exemplo”, revela.

Praça da Espanha

Também na noite desta quinta-feira, uma frase foi pintada no piso próximo ao chafariz da Praça da Espanha, no bairro Bigorrilho. “Embora provavelmente tenha sido feita por um ativista, porque na frase é cobrada mais grama no local, também se trata de um ato que se enquadra nas penalidades de pichação, de vandalismo. Dentro de uma sociedade democrática, a pessoa poderia ligar para o 156 da prefeitura de Curitiba e registrar a insatisfação”, explica o diretor da GM.

Carvalho lembra que os tapumes que cercavam a praça foram retirados recentemente, já que a inauguração da reforma feita no local estava prevista para o final deste mês. Neste caso, a GM ainda busca registro de imagens para identificar o infrator.

Segundo ele, as multas aplicadas não cobram o prejuízo. Atos de vandalismo (não só de pichação) em locais públicos geram um prejuízo estimado em R$ 1,5 milhão por ano na cidade.