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A Receita Federal fez nesta segunda-feira (9) uma das maiores apreensões deste ano de mercadorias importadas, no Porto do Rio de Janeiro. Os produtos foram trazidos da China em nome de empresas fantasmas de outros estados.

A carga chamou atenção assim que foi desembarcada. Eram 280 toneladas de acessórios e tecidos, em vinte contêineres. A maioria dos produtos é de roupa de inverno: 88 toneladas de casacos, um total avaliado em R$ 10 milhões.

A mercadoria vinha da China e entrava no Brasil pelo Rio de Janeiro. Os investigadores suspeitam que elas seriam vendidas em São Paulo.

Em 2008, seis empresas pediram à Receita Federal autorização para importar esses produtos. Todas com sede em Santa Catarina e no Paraná. Os fiscais começaram a analisar a documentação entregue pelos comerciantes.

Quatro meses antes da apreensão, a Receita começou a desconfiar. E o que despertou a dúvida sobre a legalidade da transação comercial foi a incapacidade econômica, tanto das empresas, como dos sócios, para fazer uma importação tão grande.

Importadores não retiraram mercadorias

Não foi preciso muito para a constatação. Nos endereços das empresas, os investigadores encontraram casas. A vizinhança nunca tinha ouvido falar nos donos.

Os importadores não apareceram para retirar a encomenda do Porto do Rio, nem para pagar os impostos, estimados em R$ 5 milhões.

"A partir do momento que elas perceberam que a Receita já estava retendo, bloqueando a carga quando chegou da China, elas simplesmente não apareceram na alfândega para declarar a importação e fazer o pagamento dos impostos correspondentes", disse Paulo Roberto Ximenes, chefe da Divisão de Controle Aduaneiro da Receita Federal.

A maior parte do material será leiloada no fim do mês.

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