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A ordem no governo e na base aliada é definir, antes mesmo de o plenário do Supremo Tribunal Federal se manifestar pela instalação da CPI do Apagão, os limites da investigação. A proposta do PT é estabelecer prazo de 120 dias. O foco seriam os problemas ligados ao controle de tráfego aéreo e, por tabela, o acidente com o Boeing da Gol no ano passado. PT e o aliado PMDB divergem sobre quem deve conduzir os trabalhos. Petistas, que farão o relator, avaliam que poderia ser benéficoao entendimento dar a presidência da comissão ao tucano Vanderley Macris (SP). Já os peemedebistas, ao menos por ora, não abrem mão de assumir o comando.

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Amigão – Partiu do provável relator da CPI, Cândido Vaccarezza, a sugestão para que a presidência fique com Macris. Argumenta que, por ter sido deputado estadual com o tucano em São Paulo, saberia dialogar com ele. Já o fluminense Octávio Leite desperta preocupação nos petistas. Nova era – Até a oposição reconhece: com o PMDB no colo de Lula, a CPI do Apagão não deverá repetir o bate-cabeça visto na comissão dos Correios, quando o peemedebista Osmar Serraglio pediu o indiciamento de meio PT. Na agenda – Um grupo de quatro controladores de vôo procurou parlamentares da oposição na semana passada e avisou que deflagraria o motim que parou os aeroportos na sexta-feira. Previu também colapsos no feriado da Semana Santa e no Pan. Ebulição 1 – Menos ruidosa que o movimento dos controladores de vôo, mas capaz de causar estrago considerável ao governo, uma guerra de bastidores entre dois grupos corre solta na Infraero. A ala ligada ao atual presidente, brigadeiro José Carlos Pereira, ameaça municiar a futura CPI do Apagão Aéreo com farto material sobre a gestão de Carlos Wilson (PT-PE). Ebulição 2 – Uma das armas do atual comando da Infraero é o relatório interno sobre as obras realizadas no período de Carlos Wilson (2003-2005). A auditoria, que aponta uma economia de R$ 200 milhões só no ano passado, já está nas mãos do Conselho de Administração.

Praga de ACM – Lula colocou Waldir Pires na Defesa porque ali, desde a criação da pasta por FHC, era lugar de sombra e água fresca. Aí veio setembro, e tudo mudou.

Escolhido – Tudo caminha para que o jornalista Paulo Markun, atual apresentador do "Roda Viva", seja o novo presidente da Fundação Padre Anchieta, que administra a TV Cultura de SP.

Caixa postal – Arlindo Chinaglia (PT-SP) sugere a deputados que o procuram que escrevam suas demandas em um pedaço de papel e coloquem no bolso de seu terno quando passarem por ele nos corredores da Câmara. O presidente da Casa jura que à noite lê todas as mensagens. Mico – De um senador do DEM, antigo PFL, confidenciando a um colega seus verdadeiros sentimentos sobre a mudança de nome do partido: "Cada coisa que a gente tem que passar nesta vida...". Trincheiras 1 – A despeito da franqueza com que Carlos Lupi manifestou sua intenção de empregar o maior número possível de pedetistas no Ministério do Trabalho, o PT manterá posições na pasta. O economista Paul Singer deve continuar na Secretaria Nacional de Economia Solidária. Trincheiras 2 – Aliado à CUT, o PT também bate o pé para manter o controle sobre a maioria das delegacias regionais do trabalho (DRTs). E de pelo menos uma a central e o partido não abrem mão: a de São Paulo, sob o comando do petista Márcio Chaves Pires.

TIROTEIO

* Do deputado LUIZ CARLOS HAULY (PPS-PE), sobre os controladores de vôo terem dito que temem ser encarados como "vilões" por conta do caos no setor aéreo brasileiro:

–Eles querem o quê? Param o país, prejudicam famílias, doentes e profissionais e esperam receber uma salva de palmas da população?

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