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O registro de casos de dengue nos últimos meses tem preocupado a Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, no Oeste do Paraná. No final de agosto, foram registrados mais dois casos e, em setembro, oito. Todos são autóctones - contraídos na própria cidade. Com isso, os casos confirmados de 2007 subiram para 786 registros. Os números são considerados preocupantes, pois, historicamente, nos anos anteriores, a ocorrência da doença no mesmo período foi praticamente nula.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, nos anos de 2003, 2004 e 2005 não houve nenhum caso no mês de setembro. A maior incidência no mês nos últimos seis anos foi em 2002, com quatro casos, quando a cidade estava às portas da grande epidemia ocorrida entre 2002 e 2003.

"Não há como dizer que os números não são preocupantes. Eles revelam que a circulação viral está se mantendo por todo o ano", disse a gerente do setor epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, Sônia Fernandes. Segundo ela, apesar da manutenção das atividades de combate ao mosquito Aedes aegypti, não é mais possível cortar a circulação viral.

A principal suspeita pelo contínuo aparecimento de casos seria uma adaptação do mosquito às diferentes temperaturas do ano. "Não descartamos a idéia que o vetor tem se adaptado a ambientes que antes não eram favoráveis a eles", disse. Apesar desta possibilidade, o aumento dos períodos de calor e a redução do inverno também são considerados fatores importantes para a manutenção da circulação viral.

A gerente ressalta que os focos continuam sendo encontrados dentro dos imóveis. "Como não chove, o problema deve vir mesmo dos vasos de plantas nos quintais das casas". A secretaria também iniciou uma campanha voltada aos coveiros de cemitérios para que eles repassem informações e evitem que os visitantes deixem água parada nos túmulos.

Entre as regiões da cidade, a zona leste continua em primeiro lugar com 291 casos, seguida da região oeste com 157. O centro possui 137 casos e as regiões norte e sul, 93 cada. Na zona rural, o número de casos é menor: apenas 10 pessoas adoeceram durante o ano.

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