
Em relação aos recursos de custeio, a partir de amanhã [hoje], a Fazenda vai abrir o orçamento para que as universidades possam empenhar para voltar à normalidade.
A avaliação [da reunião] é positiva porque tivemos bastante tempo de discussão. Não foi questão de levantar só problema.
As sete universidades estaduais enviarão hoje ao governo do Paraná a “conta” do custeio necessário para manter as instituições funcionando. O governo estadual se comprometeu ainda ontem, em reunião com os reitores, com a participação do governador Beto Richa e o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, que o “necessário” será garantido.
Ficou definido também o pagamento do terço de férias em parcela única em março dos professores universitários. Esse débito é de cerca de R$ 20 milhões, segundo a Casa Civil. Apesar do acordo selado, ainda não há garantias de que a greve nas universidades estaduais termine.
“Em relação aos recursos de custeio, a partir de amanha, a Fazenda vai abrir o orçamento para que as universidades possam empenhar para voltar à normalidade”, afirmou Gomes.
O repasse às universidades, embora não confirmado pelo estado, deve girar em torno dos 30% do total anual, que fica próximo aos R$ 124 milhões previstos pela Lei Orçamentária Anual. Segundo Gomes, é normal e comum o estado liberar os recursos de custeio aos poucos.
O pagamento do custeio das universidades chegou a colocar em xeque o funcionamento das instituições durante o ano. Ao sair da reunião, Aldo Nelson Bona, reitor da Unicentro e presidente da Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp), disse ter uma boa perspectivas para as instituições.
“A avaliação [da reunião] é positiva porque primeiro tivemos bastante tempo de discussão. Não foi questão de levantar só problema”, afirmou. De acordo com ele, as soluções devem acontecer conforme a necessidade.
“A demanda da Unicentro envolve pagamento de estagiários, pessoal terceirizado, o que gera um montante mensal de R$ 350 mil e há ainda compra de insumos materiais de laboratório”, contou. Cada uma das universidades enviará um levantamento completo sobre as dívidas.
Hospitais
Segundo a reitora da Universidade Estadual de Londrina, Berenice Jordão, o governo também garantiu que recursos para os hospitais universitários estão assegurados e serão liberados conforme a necessidade. Apesar disso, segundo ela, a reunião não tratou do tema especificamente.
Na semana passada, a Secretaria de Estado da Fazenda liberou R$ 2,7 milhões destinados ao custeio dos hospitais das universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG) e do Oeste do Paraná (Unioeste), com sede em Cascavel.



