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Máscara cirúrgica à venda na loja de materiais médicos Vita’s: um pacote com dez unidades custa R$ 3 | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Máscara cirúrgica à venda na loja de materiais médicos Vita’s: um pacote com dez unidades custa R$ 3| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Venda de máscaras continua

A procura por máscaras em farmácias e lojas de materiais médicos e hospitalares diminuiu em Curitiba. Segundo três farmácias e três lojas procuradas pela reportagem, 10 a 15 pessoas/dia procuravam máscaras na semana passada. Ontem o número baixou para 5 pessoas. "As pessoas estão procurando o material ou porque estão recebendo gente de fora, ou mesmo vão viajar e querem se precaver", contou a vendedora de loja de materiais médicos Vita’s, da Marechal Floriano Peixoto, Eliana Bonagura.

De acordo com a médica infectologista chefe do Controle de Infecção Hospitalar do Hospital de Clínicas e do Controle de Risco dos hospitais Vita, Marta Fragoso, a máscara do tipo cirúrgica é indicada apenas para quem vai viajar para um dos países afetados ou mesmo para quem vai para locais de grande aglomeração de pessoas com risco de contaminação, como os aeroportos. "Mais importante ainda é a pessoa lembrar de lavar bem as mãos a todo o momento e, se possível, ter consigo um álcool em gel para limpeza." (FZM)

A procura pelo medicamento antiviral Tamiflu (fosfato de oseltamivir) do laboratório Roche, que está sendo usado no tratamento da gripe A (N1H1) no mundo todo, é alta nas farmácias de Curitiba. Em sete lojas visitadas pela reportagem ao longo do dia de ontem, nos bairros do Batel, Alto da XV e Centro, o relato dos farmacêuticos era de uma busca média de 20 a 30 pessoas/dia nas farmácias pelo medicamento que custa R$ 150, em média. No entanto, o Tamiflu não está mais disponível em farmácias – nas lojas visitadas apenas duas tinham ainda uma caixa da versão líquida infantil do medicamento.

Isso porque a Roche decidiu parar o envio do medicamento para a distribuição nas drogarias e direcionar toda a sua produção para atender o Ministério da Saúde, centralizando o uso do medicamento apenas às pessoas suspeitas de ter o novo vírus, que tenham sido examinadas pelos hospitais e recebido prescrição médica para o uso do mesmo.

A medida visa evitar a automedicação e colaborar para o combate da doença. "O Tamiflu já tem 30% de resistência para o tratamento de gripes sazonais causadas pelo vírus Influenza, casos para os quais o medicamento é normalmente utilizado. Quanto mais pessoas usarem o medicamento sem prescrição maior a chance de o novo vírus também aumentar sua resistência a um medicamento que já provou ser eficiente e nós (médicos) perdermos a oportunidade de usar a droga", explica a médica infectologista chefe do Controle de Infecção Hospitalar do Hospital de Clínicas e do Controle de Risco dos hospitais Vita, Marta Fragoso. Segundo ela, o Tamiflu é aplicado em até 48 horas após o aparecimento dos sintomas da gripe suína. O medicamento, que não é vacina, impede a propagação do vírus dentro do organismo. Entre os efeitos indesejados do uso do medicamento por quem não está com a doença estão reações alérgicas como irritações na pele. "Para a população em geral é difícil identificar as diferenças entre a gripe comum, causada pelos vírus Influenza A e B, e a causada pelo novo vírus. Este é muito mais sintomático e febril. Mesmo assim quem tiver o medicamento em casa, por favor, não o utilize."

Compra

O Brasil está negociando a compra de um lote pronto de Tamiflu suficiente para tratar 800 mil pacientes com gripe suína. A transação faz parte da estratégia do governo de garantir um estoque seguro de medicamento para uso imediato sem que, com isso, seja necessário abrir tanques do pó do produto comprado em 2006. Naquele ano, dentro dos preparativos para combater a então ameaça da gripe aviária, o país recebeu, em forma de pó, o equivalente a 9 milhões de tratamentos. Se os lacres dos galões não forem abertos, o produto pode ser usado até 2016.

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