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Belvedere, na Praça João Cândido: parcerias para assegurar o uso e preservação do imóvel histórico. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Belvedere, na Praça João Cândido: parcerias para assegurar o uso e preservação do imóvel histórico.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Quase um ano depois de assumir oficialmente a posse do Casarão Belvedere, na Praça João Cândido, no Largo da Ordem, a Academia Paranaense de Letras (APL) começa a dar os primeiros passos para a revitalização do local. Acadêmicos, Senac e órgãos ligados à prefeitura de Curitiba correm para fechar o ano com os projetos bem encaminhados.

A terceira e última reunião do ano para discutir as reformas e revitalização do local ocorrer na quinta-feira (17) e de lá saíram não só metas para o 2016, mas também sonhos da APL. Os sonhos vão da restauração do prédio — ponto inicial da história toda —, à retomada do orgulho de ser paranaense, como enfatizou a presidente da academia, Chloris Casagrande Justen. “A ideia é que além de ser a sede da Academia o local sirva também como o Laboratório de Cultura Paranaense. Isso significa que funcionará como um local de apresentações, retomada e valorização da cultura do nosso estado. É um projeto que não vimos em nenhum outro lugar. Mais uma vez somos vanguarda e isso é o maior motivo de orgulho para Academia”, explica a presidente.

segurança particular

O Belvedere já conta com vigilância 24 horas feita por uma empresa contratada pelo Senac-PR em parceria com a APL. Para o futuro, a ideia é de que um módulo da Polícia Militar seja instalado em um prédio da região. Mesmo com a vigilância, o prédio ainda foi alvo de pichadores em março deste ano, logo após ser repintado.

Quem olha hoje para o casarão observa um local pichado e com cara de abandonado. A Praça João Cândido também tem o mesmo aspecto. Segundo a APL, a situação é fruto da falta de segurança vista nos últimos anos na região. “Infelizmente os bandidos tomaram conta da praça, mas trabalhamos justamente para retomar o lugar”, reforça Justen.

Para que essa retomada aconteça, o Belvedere já conta com vigilância 24 horas feita por uma empresa contratada pelo Senac-PR em parceria com a APL. Para o futuro, a ideia é de que um módulo da Polícia Militar seja instalado em um prédio da região. Mesmo com a vigilância, o prédio ainda foi alvo de pichadores em março deste ano, logo após ser repintado.

As reformas e revitalização ainda não saíram do papel, mas a ideia é de que o espaço retome a aparência de novo, já que é um prédio tombado pelo Patrimônio Cultural do Paraná e não pode perder as características. No interior, o primeiro andar ficará com o Senac-PR para a implantação de um Café Escola nos moldes do que está instalado no Paço da Liberdade e o segundo com a APL. Do lado de fora, dois decks de madeira servirão de palco para apresentações culturais. A praça também deve passar por reformas.

As obras ainda não começaram, mas já estão bem encaminhadas, segundo informa a assessoria do Senac. Já foram contratados os projetos elétrico, hidráulico, da rede lógica e de prevenção de incêndios, a limpeza das áreas internas do prédio e o consertos no telhado do imóvel, além da retomada no abastecimento de água e luz. A ideia é de que o café comece a funcionar já em abril de 2016.

A ida da APL para o prédio, porém, deve demorar um pouco mais, já que não depende só das reformas feitas pelo Senac, mas também da restauração completa do local. “O projeto de restauração já está aprovado pela Lei Rouanet de Incentivo à Cultura e agora estamos na fase de captação de recursos. Queremos resolver isso ainda esse ano e o pensamento é todo focado para irmos para lá ano que vem”, destaca a presidente da APL.

Segundo Justen, a APL já recebeu outras propostas para uma nova sede, mas recusou sem pensar duas vezes. “A sede era ainda melhor que o casarão em questão de estrutura física, mas estamos muito engajados com o compromisso de valorizar a nossa cultura. Optamos por ficar ali e dar sequência a esse grande sonho de retomar a praça e tudo o que essa região histórica representa. O sonho é grande, mas quem não sonha não vive”, finaliza.

Colaborou: Getulio Xavier.

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