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O governador Roberto Requião (PMDB) barrou na tarde desta terça-feira a votação do projeto do próprio governo que cria a Região Metropolitana de Cascavel com o argumento de que a mensagem foi distorcida pelos deputados da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O cargo de coordenador da região, no entanto, foi mantido.

Antes mesmo de ser aprovado o projeto, a Assembléia Legislativa autorizou o governo essa semana a criar quatro coordenadorias, em Londrina, Maringá, Curitiba e Cascavel, com salários de R$ 5,2 mil, além de dois assessores especiais, com vencimentos mensais de quase R$ 12 mil.

No texto original, a região metropolitana de Cascavel seria composta por 28 municípios, mas um substitutivo aprovado na CCJ, de autoria do deputado Reni Pereira (PSB), que representa Foz do Iguaçu, aumentou a abrangência para 50 cidades, formando a região metropolitana do Oeste do Paraná. A CCJ também fez outra alteração no projeto e incluiu uma emenda aditiva autorizando a criação da Região Metropolitana de Ponta Grossa.

As modificações irritaram o governador. Enquanto o assunto estava sendo discutido na sessão desta tarde, Requião telefonou para o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB), pedindo imediatamente a retirada de pauta. "Ele disse que teria que ser um projeto para cada região – Cascavel e Foz- e de iniciativa do Poder Executivo", disse Brandão.

O governador também decidiu impedir a votação do projeto porque outros deputados estariam se preparando para apresentar emendas criando regiões metropolitanas em vários municípios, o que seria inviável para o Estado.

A região metropolitana de Cascavel estava prevista para ser a última implantada pelo governo. Londrina, Maringá e Curitiba já estão autorizadas por lei a implantar áreas integradas.

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