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Há duas semanas o laboratório do Instituto Oswaldo Cruz da Fundação Oswaldo Cruz não está mais conseguindo processar os exames de diagnóstico de gripe H1N1 em 72 horas, como no início da epidemia. Ontem 900 amostras estavam na fila para serem processadas. Desde 28 de abril , o IOC emitiu 1.947 laudos com os resultados. O processamento está sendo feito de acordo com a gravidade dos casos. Exames de crianças, idosos, gestantes e pacientes mais debilitados estão sendo passados à frente daqueles que apenas apresentam sintomas leves.

O Ministério da Saúde decidiu que somente casos graves ou potencialmente graves serão testados, o que deve aliviar a demanda. Os casos suspeitos brandos não serão testados, mas ainda terão de fazer o isolamento domiciliar. Em nota, o ministério disse que a espera tem sido, em média, de três dias. Destacou ainda estar em negociação para autorizar que outras unidades façam os exames.

Durante entrevista coletiva ontem, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão lamentou que grande parte das pessoas que procuram os centros de referência foram movidas pelo exagero e sequer tinham gripe comum. Segundo ele, no Instituto Adolfo Lutz só 24% das suspeitas se confirmaram. Outros 25% tinham gripe sazonal, enquanto 51% tinham simples resfriado ou nem isso. O mesmo ocorreu na Fiocruz: das 1.447 amostras analisadas, 29% deram positivo para a gripe H1N1, enquanto 21% eram gripe sazonal e 50% não tinham nada.

Segundo o infectologista Celso Granato, com a possibilidade de que laboratórios privados ofertem o teste, anunciada nesta semana em SP, os pacientes terão outra opção para esclarecer os casos. No entanto, ainda não se sabe se os convênios cobrirão os novos exames. Além disso, os laboratórios privados estão desenvolvendo os próprios testes, que ainda não estão disponíveis.

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