O comandante dos bombeiros, coronel Sérgio Simões, se reuniu nesta quarta-feira (8), pelo segundo dia seguido, com representantes das 12 associações e clubes de cabos e soldados para debater as reivindicações dos militares. No entanto, líderes dos manifestantes que desde domingo acampam em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) deixaram claro que nenhuma das entidades representa o movimento.
O grupo definiu três porta-vozes. Entre eles, a mulher do cabo Benevenuto Daciolo, guarda-vidas apontado como o principal líder da greve desde que o movimento começou, há três meses. Ele e outros sete líderes estão isolados dos demais militares presos no Grupamento Especial Prisional (GEP) dos bombeiros em São Cristóvão, na zona norte do Rio.
Além da mulher de Daciolo, a corretora de seguros Cristiane Daciolo, representam o movimento o capitão Lauro César Botto e o cabo Laércio Soares. Segundo Cristiane, o grupo mantém a posição de não negociar com o comandante dos bombeiros enquanto todos os militares presos não forem soltos.
A Associação de Cabos e Soldados, por sua vez, garante que é a representante legal da classe, mas é desautorizada pelos manifestantes que lideraram a invasão ao quartel central da corporação, na sexta-feira.
Segundo o coronel Simões, o objetivo das reuniões é "ouvir os diferentes segmentos" e "tirar o melhor projeto, em um trabalho único". O comandante disse que pretende se reunir com o governador na semana que vem para apresentar as reivindicações.
Até o início da noite desta quarta-feira, a juíza da Auditoria da Justiça Militar do Rio, Ana Paula Monte Figueiredo, não havia se manifestado sobre o pedido de relaxamento de prisão e liberdade provisória em favor dos 439 presos, impetrado ontem pela Defensoria Pública do Estado.
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