
Em uma reunião de quase duas horas, a presidente Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral acertaram ontem o apoio de forças federais no combate aos ataques de organizações criminosas nas comunidades pacificadas do Rio. Perguntado sobre quem atuará na ajuda que o governo federal enviará ao Rio, Cabral disse que ainda está combinando os detalhes da estratégia com os ministérios da Justiça e da Defesa, sinalizando que o reforço deverá contar com homens da Força Nacional (composta por quadros das polícias civil, militar e federal) e das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica).
No fim da reunião, Cabral e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disseram que não detalhariam as medidas a serem tomadas, pois, em questões de segurança pública, a estratégia precisa ser antes implementada. Na próxima segunda-feira, haverá uma nova reunião dos governos federal e estadual, mas Sérgio Cabral afirmou que não está parado. Segundo o governador, todos os policiais civis e militares estão de plantão para garantir a segurança da população neste fim de semana.
"Quem quer guerra são os marginais. Nós queremos paz nas comunidades. Quem quer guerra, quem quer conflito, quem quer atirar em policial militar covardemente são eles. A nossa polícia está muito motivada, nossa Polícia Civil tem feito grandes investigações, contado com o apoio das forças federais, feito grandes trabalhos. E este fim de semana também será de grandes trabalhos", afirmou o governador.
Cabral disse que a polícia do Rio identificou que os ataques configuram uma ação coordenada para desmoralizar a política de pacificação. Segundo ele, nas áreas das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) a taxa de homicídios foi reduzida em 65%. "É o momento em que as UPPs estão sendo checadas, provocadas. Há uma tentativa clara de desmoralizar as UPPs, que são uma referência", disse Cabral.



