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Durante manifestação na Favela do Mandela, traficantes jogaram coquetéis molotov na UPP | Fábio Teixeira/Folhapress
Durante manifestação na Favela do Mandela, traficantes jogaram coquetéis molotov na UPP| Foto: Fábio Teixeira/Folhapress

Reação

Policiais militares estão de prontidão por tempo indeterminado

A Coordenadoria das Unidades de Polícia Pacificadora (CPP) informou ontem que todos os policiais militares estão de prontidão, por tempo indeterminado. As informações são da Agência Brasil. A decisão é do Comando da Polícia Militar (CPM). Todos os policiais que estão de serviço não vão sair em seus horários, como de costume. Quem chega para o novo turno se junta aos policiais que já estavam de serviço. O expediente foi prorrogado. Com isso, houve aumento nas equipes de patrulha e a atenção está redobrada.

A CPP destaca que quem está de folga permanece de folga, ou seja, os agentes não terão de se apresentar nas unidades onde servem. As folgas não foram canceladas. Os policiais que estão de serviço é que permanecem trabalhando e se juntam a eles os que estão chegando para o serviço, seguindo a escala já determinada. Dessa forma, o efetivo policial das 37 unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) já instaladas está dobrado. O reforço no número de policiais empregados não será divulgado por questões estratégicas.

A decisão foi tomada pelo governo do estado após o ataque contra bases de UPPs na última quinta-feira, nas comunidades de Manguinhos e Lins de Vasconcelos. Na ação dos criminosos, o comandante da UPP de Manguinhos, capitão Gabriel Toledo, foi atingido por um tiro na perna direita e outro militar foi atingido por uma pedrada na cabeça.

Em uma reunião de quase duas horas, a presidente Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral acertaram ontem o apoio de forças federais no combate aos ataques de organizações criminosas nas comunidades pacificadas do Rio. Perguntado sobre quem atuará na ajuda que o governo federal enviará ao Rio, Cabral disse que ainda está combinando os detalhes da estratégia com os ministérios da Justiça e da Defesa, sinalizando que o reforço deverá contar com homens da Força Nacional (composta por quadros das polícias civil, militar e federal) e das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica).

No fim da reunião, Cabral e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disseram que não detalhariam as medidas a serem tomadas, pois, em questões de segurança pública, a estratégia precisa ser antes implementada. Na próxima segunda-feira, haverá uma nova reunião dos governos federal e estadual, mas Sérgio Cabral afirmou que não está parado. Segundo o governador, todos os policiais civis e militares estão de plantão para garantir a segurança da população neste fim de semana.

"Quem quer guerra são os marginais. Nós queremos paz nas comunidades. Quem quer guerra, quem quer conflito, quem quer atirar em policial militar covardemente são eles. A nossa polícia está muito motivada, nossa Polícia Civil tem feito grandes investigações, contado com o apoio das forças federais, feito grandes trabalhos. E este fim de semana também será de grandes trabalhos", afirmou o governador.

Cabral disse que a polícia do Rio identificou que os ataques configuram uma ação coordenada para desmoralizar a política de pacificação. Segundo ele, nas áreas das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) a taxa de homicídios foi reduzida em 65%. "É o momento em que as UPPs estão sendo checadas, provocadas. Há uma tentativa clara de desmoralizar as UPPs, que são uma referência", disse Cabral.

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